Congresso em Foco

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O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, publicou um artigo no Congresso em Foco intitulado “Correios: Crescendo com inovação e compromisso público”, no qual apresenta um balanço da administração e projeta o futuro da estatal. A publicação ocorre em meio a um cenário de desafios financeiros e pressões políticas, com um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024 e a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a condução da empresa?.

Confira a íntegra do artigo

Presidente dos Correios destaca inovação e novos serviços para garantir competitividade e sustentabilidade diante de um cenário de desafios financeiros.

Presidente dos Correios destaca inovação e novos serviços para garantir competitividade e sustentabilidade diante de um cenário de desafios financeiros.Antonio Cruz/Agência Brasil

Diante desse cenário, Fabiano argumenta que a gestão vem promovendo mudanças estruturais para reverter a situação. Ele afirma que o prejuízo de 2024 “é uma herança do governo Bolsonaro” e que a missão da atual administração é modernizar e recuperar a estatal. Segundo ele, esse processo já está em curso, impulsionado por um plano de inovação e ampliação dos serviços. “Nosso plano é ambicioso e já está sendo executado, com foco na inovação e na diversificação de serviços”, enfatiza.

Crise nos Correios

A divulgação do artigo acontece em um momento delicado para os Correios. A empresa foi responsável por 50% do déficit total das estatais federais e, apenas em janeiro de 2025, registrou um prejuízo adicional de R$ 424 milhões?. A crise financeira levou senadores a articularem uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a administração da estatal.

Embora reconheça as dificuldades, Fabiano Silva dos Santos reforça que o futuro da empresa está sustentado em inovação. “O que temos no horizonte é um futuro sólido e sustentável”, declara, destacando que essa transformação passa por investimentos estratégicos e pela diversificação das operações.

Expansão e Novos Projetos

No artigo, o gestor público detalha iniciativas voltadas à modernização e ao crescimento dos Correios. Ele explica que a estatal está investindo na criação de um banco digital, como forma de ampliar a inclusão financeira da população, e no desenvolvimento de um marketplace, que facilitará o comércio para pequenos empreendedores. Além disso, menciona a expansão da logística para a saúde, garantindo a distribuição de medicamentos e insumos essenciais, e a entrada da empresa em novos mercados, como os setores de seguros e conectividade.

Essas iniciativas fazem parte de um plano de recuperação que já mobilizou mais de R$ 2 bilhões em investimentos entre 2023 e 2024. Para ele, esse movimento é fundamental para que os Correios se tornem mais competitivos e sustentáveis no longo prazo. “Entregaremos um Correio moderno, adaptado às filosofias de outros países. Com diversidade de produtos, sairemos do modelo atual”, afirma.

Resposta aos críticos

O presidente da estatal também aproveita o artigo para responder às críticas e reforçar a transparência da gestão. Ele alega que não há irregularidades nas contas da empresa, mencionando que os Correios alcançaram 81,98% de maturidade em gestão de riscos em 2024, um crescimento de 11% em relação a 2022. Segundo ele, esses números demonstram um compromisso contínuo com a governança e boas práticas administrativas.

Sobre a possível CPI, ele afirma respeitar o direito do Congresso de fiscalizar, mas chama de “narrativas” as alegações de ineficiência nos serviços da instituição. “Não cabem narrativas simplistas diante do nosso compromisso inegociável com a população. A estatal não é ineficiente nem ultrapassada, como alguns tentam argumentar. Pelo contrário, estamos em pleno processo de modernização e expansão”, defende.

Apesar das dificuldades, Fabiano reforça a importância da estatal para o país. Ele lembra que os Correios garantem a distribuição de vacinas, urnas eletrônicas e livros didáticos, além de manterem presença em todos os municípios, chegando a locais onde outras empresas não atuam. “Estamos presentes em todos os municípios do país, chegando onde ninguém mais chega, conectando pessoas, empresas e governos”, ressalta.



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