Netinho se explica sobre menção em processo ligado a operador de facção

Netinho se explica sobre menção em processo ligado a operador de facção


Pagodeiro e ex-vereador falou com exclusividade ao “Jornal dos Famosos” da Leo Dias TV sobre como conheceu o investigado

Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que o cantor e ex-vereador Netinho de Paula mantinha uma relação próxima com Ademir Pereira de Andrade, suspeito de operar as finanças de uma conhecida facção criminosa do Rio de Janeiro. Ao “Jornal dos Famosos” desta quarta-feira (19/2) da Leo Dias TV, o cantor esclareceu com exclusividade o nível de intimidade com Ademir.

Segundo Netinho, os dois se conhecem há oito anos e o investigado é seu fã. “Sempre foi em shows e já me contratou para fazer show pra ele. Eu tinha relações com ele de operação financeira. Sempre foi um cara simpático, gente boa. A minha relação com ele era de música e de troca. Quando fazíamos uma operação financeira, eu chamava ele de ‘Banco da Gente’. Não tenho como falar mal dele, não sei de outras atividades que vem a fazer e minha relação é só essa”, disse o cantor.

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Reprodução: Instagram/Netinho de Paula

Netinho está com 54 anosReprodução: Instagram/Netinho de Paula

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Netinho de PaulaReprodução

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Delator das investigações sobre a facção criminosa, Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto em Guarulhos (SP) em novembro de 2024Divulgação

Reprodução: Portal LeoDias

Netinho de PaulaReprodução: Portal LeoDias


Além da amizade, o artista realizava diversos empréstimos com Ademir, chegando a chamá-lo de “Banco da Gente”. O artista explicou como funcionava essa relação de negócios: “Na pandemia, eu sempre trabalhei com ações de merchandising. Os clientes assinavam uma duplicata e deixavam com a gente e nós descontávamos de acordo com a taxa. Às vezes, ele tinha uma taxa boa. Às vezes o banco estava melhor”, explicou.

As mensagens analisadas pela PF mostram que Netinho chegou a enviar notas com detalhes sobre o pagamento de valores expressivos.

As trocas de mensagens foram encontradas na nuvem do celular de Ademir, acessada pela PF após a apreensão do aparelho durante as investigações sobre o assassinato de Vinícius Gritzbach, corretor de imóveis morto em novembro de 2023 ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo.

Ainda segundo Netinho, Ademir era muito conhecido na região do Tatuapé, em São Paulo, onde se conheceram. “Ele só ficou mais bacana quando começamos a fazer operações e algumas duplicatas eram canceladas. Ele via que eu ia lá e havia uma relação de amizade e confiança”, contou.

Netinho contou ainda que, quando descobriu a relação de Ademir com a facção, ficou muito surpreso. O caso foi revelado após uma peça processual ter vazado e nela continha o nome do cantor. Segundo ele, não há envolvimento direto com os crimes cometidos: “Não há ligação minha no documento com as coisas que ele fazia”.

Ademir Pereira de Andrade está preso desde dezembro de 2023 e foi citado por Gritzbach em uma delação premiada como um dos responsáveis por administrar dinheiro para traficantes do PCC. O portal LeoDias não conseguiu localizar a defesa do suspeito. O espaço está aberto.



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