Mancha causada por microalga se espalhou entre São Sebastião e Ilhabela; o governo recomenda evitar banho de mar em áreas afetadas
Uma mancha avermelhada na água, causada pela microalga Mesodinium rubrum, tem sido observada desde janeiro no litoral norte de São Paulo, entre São Sebastião e Ilhabela. O fenômeno, conhecido como “maré vermelha”, pode reduzir o oxigênio na água e afetar a vida marinha.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) monitora a movimentação da mancha por satélite. O 1º registro foi feito em 10 de janeiro e, dias depois, a maré já se espalhava até o arquipélago de Alcatrazes. Embora o Mesodinium rubrum não seja tóxico, esse organismo serve de alimento para dinoflagelados do gênero Dinophysis, que podem produzir toxinas perigosas para a saúde humana.
Em 2016, uma floração de Dinophysis levou ao embargo do consumo de ostras e mexilhões no litoral paulista.
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) afirma que a mancha já se dissipou, mas o monitoramento continua. Até o momento, não há restrições para o consumo de frutos do mar. O governo estadual recomenda evitar banho de mar e esportes náuticos em áreas com coloração suspeita, pois há risco de irritação na pele.