Instituto Aço Brasil diz que tarifa será prejudicial aos EUA

Instituto Aço Brasil diz que tarifa será prejudicial aos EUA


Os EUA importaram, em 2024, 5,6 milhões de toneladas de placas por não dispor de oferta suficiente, afirma a entidade

O Instituto Aço Brasil, que representa diversas empresas siderúrgicas nacionais, disse ter recebido com “surpresa” o decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), que estabelece uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.

Em comunicado, a entidade argumenta que a “quebra” do acordo comercial entre os países estabelecido em 2018, no primeiro mandato do presidente norte-americano, é prejudicial para ambas as partes. Eia a íntegra (PDF – 571 kB).

“Os EUA importaram, em 2024, 5,6 milhões de toneladas de placas por não dispor de oferta suficiente para a demanda do produto em seu mercado interno, das quais 3,4 milhões de toneladas vieram do Brasil”, afirma  a nota.

Além disso, aponta que o Brasil também vem sendo prejudicado pelas “importações de países que praticam concorrência predatória”, com destaque para a China.

Dessa forma, o Instituto Aço Brasil declarou que aguarda a abertura de diálogos entre os dois países para a tentativa de um novo acordo que possa beneficiar as duas partes, como ocorrido anteriormente.

“Estamos confiantes na abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os EUA nas bases acordadas em 2018, em razão da parceria ao longo de muitos anos e por entender que a taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica para ambas as partes”, afirmou.

EXPORTAÇÕES

Os EUA são os principais compradores de ferro, aço e alumínio do Brasil, que exportou US$ 6,37 bilhões em produtos de ferro, aço e alumínio em 2024, sendo que US$ 6,10 bilhões foram de ferro e aço e US$ 267 milhões foram de alumínio.

O levantamento foi feito pelo Poder360 com base no Comex Stat, que tem dados oficiais da balança comercial divulgada pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Este jornal digital considerou os códigos 72,73 e 76, que são “ferro fundido, ferro e aço”, “obras de ferro fundido, ferro ou aço” e “alumínio e suas obras”.





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