Comsefaz alerta para novo aumento dos combustíveis

Comsefaz alerta para novo aumento dos combustíveis


Novo presidente do comitê, Flávio César Mendes de Oliveira afirma haver necessidade de recomposição por meio da elevação do ICMS

O novo presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal), Flávio César Mendes de Oliveira, disse nesta 3ª feira (11.fev.2025) que os Estados sofrem com perdas em receitas e sinalizou haver a necessidade de recomposição por meio da elevação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis.

“O aumento [do ICMS] se dá apenas uma vez por ano. Ou seja, a gente espera 12 meses enquanto todos os outros produtos são reajustados constantemente para ter apenas um aumento durante o ano”, declarou em entrevista a jornalistas, na sede do Comsefaz, em Brasília.

Ele reforçou que as atualizações para recompor perdas se dão em 1º de fevereiro de cada ano. Você perdeu um ano inteiro. Toda a mercadoria é atualizada a cada momento, a cada preço se muda, mas o combustível, não. O combustível passa o ano todo congelado. Aí, quando vem atualizar no ano seguinte, é o ‘aumento de combustível’. Isso não é o aumento de combustível […] É um momento de perda que a gente tem. Está apenas atualizando o que acabou de passar um ano perdendo”, declarou.

VICE NEGA IMPULSIONAR ALTA

O vice-presidente do Comsefaz, Luis Fernando Pereira da Silva, disse que os governos estaduais não estão “impulsionando o aumento de preços” dos combustíveis ao elevar o ICMS sobre esses produtos. Declarou ainda haver uma avaliação do impacto político antes de tomar a decisão e que, por isso, os Estados aceitam perdas.

“A gente admite alguma perda justamente porque a gente também tem a sensibilidade do impacto que isso traz na economia do país. Quando a gente se reúne aqui para discutir, tem o cálculo que os técnicos fazem e tem a conta política também que os Estados fazem”, disse a jornalistas.

Silva afirmou ainda que a medida se dá por uma atualização por causa de elevações nos preços. “Esses aumentos, sabemos todos, é em função das questões cambiais, do preço do barril de petróleo, são esses fatores, os fatores causais. E o ICMS acompanha”, declarou.

ALTA DOS PREÇOS

Em 1º de fevereiro, os preços da gasolina e do diesel subiram em todo o Brasil. Os motivos são 1) a elevação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre estes combustíveis e; 2) o reajuste da Petrobras.

Os reajustes foram determinados em outubro de 2024 pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne secretários de Fazenda dos 27 Estados e do Distrito Federal. Eis as íntegras das decisões (PDF – 227 kB).

A alíquota foi elevada da seguinte forma:

  • gasolina – acréscimo de R$ 0,10 por litro de gasolina, passando para R$ 1,47;
  • diesel – aumento de R$ 0,06 por litro, para R$ 1,12.





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