Grupo criminoso tem contratos vigentes com a Polícia Federal; os investigados falsificaram dados para obter benefícios fiscais
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 3ª feira (11.fev.2025) a operação Dissímulo, que busca desarticular um grupo criminoso que praticava fraudes em licitações na área de terceirização. Estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. A operação conta com o apoio da CGU (Controladoria-Geral da União) e da Receita Federal.
Os investigados são empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas que se associaram para praticar os crimes. De acordo com as investigações, o grupo falsificava declarações de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais. Com isso, o grupo também conseguiu vantagens indevidas contra outros concorrentes.
“Essa empresa era responsável pela manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró, onde ocorreu a recente fuga de detentos. A partir desse caso, a CGU (Controladoria-Geral da União) iniciou uma análise dos contratos e licitações envolvendo a empresa, investigando possíveis fraudes nesses processos”, afirmou o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, em entrevista ao g1.
A investigação, que começou em abril de 2024, aponta que os criminosos utilizavam “laranjas” como sócios para ocultar os verdadeiros donos das empresas.
O grupo tem diversos contratos com a administração pública, inclusive com a PF.
“Com a deflagração da operação, a PF está adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos à continuidade dos serviços prestados”, afirmou a PF.
Os investigados podem responder por crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica e estelionato contra a administração pública.