Mais de 20 empresas do Estado receberam aportes nacionais e internacionais significativos
Empresas de tecnologia de Santa Catarina atraíram quase R$2 bilhões em investimentos ao longo de 2024 e nas primeiras semanas de 2025, de acordo com levantamento da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) obtido com exclusividade pelo Poder360 nesta 3ª feira (11.fev.2025). (Eis as íntegras – PDF 32KB e PDF 15KB).
O valor é proveniente de aportes nacionais e internacionais. Só a fintech Asaas, de Joinville, e a Paytrack, de Blumenau, obtiveram mais de R$ 1 bilhão em investimentos combinados.
A Asaas captou R$ 820 milhões em uma rodada Série C, marcando seu 1º investimento internacional. Já a Paytrack obteve R$ 240 milhões de investimento da Riverwood Capital, dos Estados Unidos, nas primeiras semanas de 2025.
Outras empresas, como a Softplan e a Indicium, também realizaram captações significativas, com a Softplan arrecadando R$ 250 milhões através de debêntures e a Indicium recebendo um aporte de aproximadamente R$ 200 milhões da Columbia Capital.
Walmoli Gerber Jr, vice-presidente de Marketing da Acate, destacou a importância desses investimentos para o ecossistema de empreendimentos em Santa Catarina. Para ele, os investimentos sinalizam a descentralização dos investimentos para outras regiões do país.
“Os números deixam claro que estamos recebendo atenção não apenas do mercado brasileiro, mas também internacional, visto que grande parte do investimento vem de fora, inclusive do Vale do Silício. Mesmo fora do eixo Rio-São Paulo, a estrutura confiável, descentralizada e com alicerces fortes de um empreendedorismo saudável e sustentável criada em Santa Catarina se mostra uma referência internacional”, explica.
Além dos grandes aportes, o mercado de fusões e aquisições (M&A) também se manteve aquecido em Santa Catarina. Ao longo de 2024, foram registradas pelo menos 17 operações de M&A envolvendo empresas catarinenses, incluindo aquisições internacionais como a compra da EXEQ (Portugal) pela SoftExpert e da AppBarber pela italiana Zuchetti por R$ 25 milhões.
O ano também foi marcado por uma diversificação nos tipos de investimento. Além das tradicionais rodadas de venture capital e M&As, as empresas catarinenses captaram recursos via equity crowdfunding, como a Jetbov (R$ 1,7 milhão) e a Agroforestry Carbon (R$ 1,1 milhão), e através de operações de media for equity, como a Delivery Much, que recebeu R$ 4 milhões nesta modalidade.