Órgão reforça importância da vacinação e de medidas de prevenção contra a doença nas regiões afetadas
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela em São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica encaminhada às secretarias de saúde destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco. Eis a íntegra (PDF – 148 kB).
O Estado de São Paulo, de acordo com o ministério, concentra a maior parte dos casos de febre amarela registrados ao longo das primeiras semanas de 2025. “Por isso, o Ministério da Saúde decidiu ampliar o envio de doses do imunizante para o governo estadual. O estado receberá 2 milhões de doses até o início de fevereiro, sendo 800 mil doses extras. Destas, 1 milhão foi entregue em janeiro”, diz o texto.
O montante foi definido em reunião do COE Dengue (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses) em 29 de janeiro, com a participação da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. “O envio das novas doses assegura o abastecimento da vacina contra a febre amarela no Estado”, declarou o órgão.
O ministério informou que tem auxiliado a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na investigação de casos suspeitos e confirmados de febre amarela, sobretudo no município de Ribeirão Preto.
“O estoque de vacinas contra a febre amarela no Brasil está regular, com envios sendo realizados conforme as solicitações dos gestores estaduais, responsáveis pela distribuição aos municípios”, informou o ministério. Em 2024, a pasta distribuiu 20.882.790 doses do imunizante contra a febre amarela. Em 2025, foram enviadas 3.201.800 doses.
Orientações para viajantes
Pessoas que planejam viajar para áreas onde há transmissão da febre amarela ou para regiões rurais e de mata devem verificar sua carteira de vacinação. “Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar e evitar a exposição ao vírus sem proteção”, informa o ministério.
As mesmas recomendações, de acordo com o governo, se aplicam para os seguintes grupos:
- populações residentes em localidades com evidência de circulação viral ou em zona rural;
- populações ribeirinhas e no entorno de parques e unidades de conservação;
- trabalhadores rurais, agropecuários, extrativistas e do meio ambiente, entre outros;
- indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco (rurais, silvestres).
Vacinação
A vacina contra a febre amarela figura como a principal ferramenta de prevenção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de 5 a 59 anos que ainda não foram imunizadas.
Orientações básicas
Confira, a seguir, as principais orientações sobre a vacinação contra a febre amarela:
- dose de reforço para viajantes: indivíduos que receberam a dose fracionada da vacina contra a febre amarela em 2018 e que vão viajar para áreas com circulação comprovada do vírus devem receber uma dose adicional na apresentação padrão;
- dose zero: aplicada entre 6 e 8 meses de vida, a dose deve ser administrada somente em crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus;
- vacinação de idosos: pessoas com 60 anos ou mais devem passar por uma avaliação médica individualizada antes da vacinação, considerando o risco de exposição ao vírus e suas condições de saúde.
Cuidados
Além da imunização, o Ministério da Saúde considera fundamental que a população adote medidas de proteção individual para se proteger da febre amarela, incluindo o uso de calças e camisas de manga longa, o uso de sapatos fechados e a aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo.
Acrescenta que “como os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno, essas precauções devem ser mantidas ao longo de todo o dia”.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é que o paciente busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde sobre uma possível exposição a áreas de risco para febre amarela.
Com informações da Agência Brasil.