Decisão acontece após pressões dos Estados Unidos sobre a influência do gigante asiático no canal administrado pelo país da América Central
O Panamá anunciou na 5ª feira (6.fev.2025) sua retirada da “Nova Rota da Seda”, liderada pela China. A decisão, anunciada pelo presidente José Raúl Mulino (Realizando Metas, direita), veio após pressão dos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump (Republicano), vem manifestando contrariedade à crescente influência chinesa sobre o canal do país da América Central que liga os oceanos Atlântico e Pacífico.
Lançada em 2013, a iniciativa da China, cujo nome oficial é “Cinturão e Rota“, é um dos maiores programas econômicos do gigante asiático. Ela inclui projetos de infraestrutura e logística que interligam o país por terra e água à Ásia Central, ao sul e ao sudeste do continente, à Europa, à África e a outros lugares do mundo.
O presidente do Panamá negou que a decisão de deixar a “Nova Rota da Seda” tenha sido uma exigência dos Estados Unidos, apesar da recente visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao país da América Central. Na ocasião, Rubio disse que Washington D.C. poderia “tomar medidas necessárias” caso os panamenses não diminuam a influência chinesa no Canal do Panamá.