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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (7) que o preço dos alimentos deve diminuir “no médio prazo” por conta da queda do dólar e da safra recorde do agronegócio em 2025. As declarações foram feitas em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE).
A inflação dos alimentos vem sendo um dos desafios do governo Lula neste início de 2025. O ministro, no entanto, defende que os preços devem diminuir. Eis o que disse na entrevista:
- sobre o dólar: “No final do ano passado nós tivemos uma ocorrência, que foi a eleição do Trump nos Estados Unidos. Isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. […] O dólar está perdendo força, já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hj tá na casa dos R$ 5 e setenta e poucos. Então isso também colabora para a redução do preço dos alimentos no médio prazo. […] Quando você exporta o alimento, você exporta em dólar. Então, se o produtor aqui tá recebendo mais em reais em virtude do dólar ter se apreciado, isso acaba tendo impacto nos preços internos“.
- sobre a safra: “O Plano Safra [programa do governo voltado para o financiamento do agronegócio] do presidente Lula, no ano passado, foi o maior da história. É nós vamos colher a safra agora, a partir de março. […] A safra vai ser recorde. Nós vamos colher como nunca colhemos alimentos, e também grãos. […] Isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação”.
Alta de juros é remédio “na dose certa”
O ministro ainda afirmou que as altas na Selic, taxa básica de juros do Brasil, estão sendo feitas pelo Banco Central (BC) para combater a inflação: “Se você está tendo um repique inflacionário, você precisa corrigir. O remédio para corrigir a inflação é muitas vezes você aumentar a taxa de juros para inibir a alta de preços. Agora, tudo isso tem que ser feito da maneira correta, na dose certa”.
A declaração se diferencia do que foi falado por outros nomes do PT — por exemplo, o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (PT-SP), diz que a alta foi uma “armadilha” deixada pelo presidente anterior do BC, Roberto Campos Neto, agora sucedido por Gabriel Galípolo. Haddad, que evitou a crítica, dizia ter um bom relacionamento com Campos Neto quando ele presidia o Banco Central.
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