Organizações alegam que plataforma viola Lei de Serviços Digitais da UE ao restringir monitoramento de conteúdo eleitoral
GFF (Sociedade para os Direitos Civis) e DRI (Democracy Reporting International) entraram com processo contra a plataforma X em Berlim nesta 2ª feira (5.fev.2025). As organizações afirmam que a empresa descumpre a legislação europeia ao negar dados necessários para monitorar desinformação antes das eleições alemãs de 23.fev.2025. As informações são da Reuters.
“Outras plataformas concederam acesso para rastrear debates públicos, mas o X se recusou”, declarou Michael Meyer-Resende, da DRI. Os ativistas buscam acesso a métricas como alcance de publicações e engajamento.
A ação se baseia na Lei de Serviços Digitais da União Europeia. As organizações apontam preocupação com interferência eleitoral após a anulação do 1º turno das eleições presidenciais na Romênia em 2023, quando autoridades identificaram campanha russa nas redes sociais. Moscou negou envolvimento.
O caso ganha relevância após Elon Musk, dono da plataforma, manifestar apoio à Alternativa para a Alemanha (AfD). Em janeiro, ele entrevistou Alice Weidel, líder do partido de extrema direita, e publicou: “Só o AfD pode salvar a Alemanha”.
“As plataformas estão sendo cada vez mais utilizadas contra eleições democráticas”, afirmou Simone Ruf, da GFF. Desde que Musk assumiu o controle do antigo Twitter, a empresa restringiu o acesso de pesquisadores aos dados da plataforma, transformando-o em serviço pago.
