Medidas atingem divisões de justiça social na Agência de Proteção Ambiental e no Departamento de Justiça dos EUA
A Reuters informou nesta 4ª feira (6.fev.2025) que o governo Trump colocou em licença administrativa 168 funcionários da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos. A medida afeta principalmente o Escritório de Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos.
Um porta-voz da EPA disse à Reuters que “os funcionários foram colocados em licença administrativa porque suas funções não se relacionavam com os deveres estatutários da agência ou trabalho com subsídios”.
No Departamento de Justiça (DOJ), cerca de 20 funcionários da Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais também serão afetados por uma “redução de força”, segundo fontes ouvidas pela Reuters.
A procuradora-geral Pam Bondi emitiu um memorando rescindindo diretrizes ambientais do governo Biden. No documento, ela cita uma declaração de Trump: “O extremismo climático explodiu a inflação e sobrecarregou as empresas com regulamentação”.
O DOJ já suspendeu todos os litígios ambientais e afastou chefes de seção que supervisionavam recursos naturais, aplicação da lei ambiental, recursos e crimes ambientais.
A EPA também notificou mais de 1.000 funcionários em período probatório –com menos de 1 ano no cargo– sobre possível demissão imediata até 5ª feira (7.fev.2025). Muitos trabalham em programas de mudanças climáticas, segundo uma fonte ouvida pela Reuters.
Grupos ambientalistas alertam que os cortes enfraquecem a proteção de minorias e famílias de baixa renda que vivem próximas a instalações poluidoras.
“O ataque caótico da administração Trump à EPA e ao Escritório de Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos irá expor americanos em todo o país a mais poluição mortal”, disse Jen Duggan, diretora-executiva do Environmental Integrity Project.
