O diretor do filme “Emilia Pérez”, Jacques Audiard, reagiu em uma entrevista ao site “Deadline” sobre as acusações contra a protagonista Karla Sofía Gascón, que está no meio de uma séria polêmica por tuítes ofensivos do passado. Ela assegura que os tuítes são falsos, mas o cineasta francês acredita que o dano já aconteceu e ela deveria aceitar a situação, sem fazer-se de vítima.
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Gascón quebrou o silêncio e declarou que querem aplicar a “cultura do cancelamento” a ela. Após sua indicação ao Oscar na categoria de Melhor Atriz ao lado de celebridades como Fernanda Torres, Demi Moore, Cynthia Erivo e Mikey Madison, ela permaneceu no olho do furacão por suas declarações polêmicas.
Audiard, que revelou na entrevista que não teve oportunidade de conversar com Karla Sofía, disse que não concorda com a posição tomada por ela. Para ele, a atitude dela foi responsável por afundar o trabalho que deste filme.
Diretor lamenta postura de Karla Sofía
O diretor lamentou os tuítes da atriz no passado, e confessou que é inevitável não se sentir triste, já que esse pano de fundo o impede de lembrar do trabalho baseado na confiança que realizou com Gascón.
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“Quando você tem esse tipo de relacionamento e, de repente, você lê algo que aquela pessoa disse, coisas que são absolutamente odiosas e dignas de ódio, é claro que esse relacionamento sofre. É como cair num buraco. Porque o que Karla Sofia disse é imperdoável”, justificou.
“Estou pensando em como isso está prejudicando os outros, como está prejudicando a equipe e todas essas pessoas que trabalharam tão duro neste filme. Eu simplesmente não entendo por que continua nos machucando”, comentou indignado.
Embora o diretor acredite que a atriz espanhola “precisa de espaço para refletir e assumir a responsabilidade por seus atos”, ela provou o contrário quando explodiu nas redes sociais e disse: “Nunca pedirei perdão”.
“Na realidade, ela está se fazendo de vítima. Ela fala de si mesma como uma vítima, o que é surpreendente. É como se ela achasse que palavras não machucam.”
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Jacques Audiard afirmou que estará presente em todos os eventos do filme em Hollywood. Porém, confessou que sente tristeza pela forma como o trabalho de todos foi manchado pelo escândalo.
“Eu trabalhei neste filme durante cinco anos e agora vê-lo denegrido desta forma é demais”, lamentou.
Sobre a notícia de que ele teria dito que o espanhol é uma língua de países modestos e pessoas pobres, o cineasta esaclareceu que estava muito interessado em fazer um filme internacional e escolheu que fosse em espanhol, já que é “uma língua que atravessa fronteiras”.
