Com veto chinês, Japão bate recorde em exportação de alimentos

Com veto chinês, Japão bate recorde em exportação de alimentos


País exportou US$ 9,7 bilhões em produtos agrícolas e pesqueiros em 2024, com EUA assumindo posto de principal comprador após veto chinês

O Japão exportou 1,507 trilhão de ienes (US$ 9,7 bilhões) em produtos agrícolas, florestais e pesqueiros em 2024, um aumento de 3,7% em relação a 2023. Os dados foram divulgados pelo Maff (Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca) em 4.fev.2024. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

O crescimento ocorreu mesmo após a China suspender a compra de frutos do mar japoneses em agosto de 2023, quando a Tepco (Tokyo Electric Power) iniciou a liberação de água tratada da usina nuclear de Fukushima.

As exportações para a China caíram 29,1% em 2024, somando 168,1 bilhões de ienes. Os EUA assumiram a liderança como principal destino, com alta de 17,8% nas compras, que alcançaram 242,9 bilhões de ienes —é a 1ª vez em 20 anos que os norte-americanos lideram as importações de produtos do Japão.

Vietnã e Tailândia ampliaram em mais de 23% as compras de produtos japoneses. Taiwan, Coreia do Sul e Europa registraram alta entre 11% e 20%, puxada principalmente por temperos e chá verde.

As vieiras, um dos produtos mais afetados pelo embargo chinês, encontraram novos compradores nos EUA, Taiwan e Vietnã. O governo japonês afirma que continuará buscando a retomada das exportações para a China, enquanto expande as vendas para outros mercados.

A disputa sobre as exportações de frutos do mar começou após o Japão iniciar o despejo de água tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. Embora a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) tenha aprovado o processo como seguro, a China mantém suas restrições, alegando preocupações com a segurança alimentar.





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