Contrato com a detentora da marca da Petrobras no setor de distribuição de combustíveis terá início em março com 44 caminhões movidos a GNL
A VirtuGNL e a Vibra –distribuidora de combustíveis que detém a marca da Petrobras no setor de distribuição– fecharam um acordo para descarbonizar o transporte de diesel na região de Parauapebas (PA), que abastece o complexo minerador de Carajás.
A VirtuGNL usará 44 caminhões movidos a GNL (Gás Natural Liquefeito) para substituir os atuais veículos a diesel que fazem o transporte do combustível utilizado nas atividades econômicas da região paraense. O contrato terá início em 3 de março de 2025.
O valor e a duração do contrato não foram apresentados. A expectativa com o acordo entre a empresa e a Vibra é reduzir em cerca de 30% as emissões de gases de efeito estufa emitidos com o transporte de diesel que abastece o complexo Carajás.
Ao Poder360, o CEO e fundador da companhia, José de Moura Jr., disse que o acordo com a Vibra é mais um passo para desenvolver uma infraestrutura robusta para viabilizar o transporte de mercadorias por meio de caminhões a GNL no Brasil. Segundo o executivo, a empresa tem R$ 2,5 bilhões em contratos já assinados.
Além de adicionar mais um cliente para a sua carteira –a VirtuGNL também tem contratos com a Vale, Suzano e Yara Fertilizantes–, a companhia planeja inaugurar até 7 CDRs (Centrais de Descarbonização Rodoviária), ou seja, postos de abastecimento de caminhões a GNL, ainda em 2025.
Até abril, a companhia pretende ter 3 CDRs em funcionamento. As primeiras unidades ficarão localizadas em Parauapebas (PA), Balsas (MA) e Santo Antônio dos Lopes (MA).
Já para o 2º semestre, a VirtuGNL quer expandir para o Centro-Sul do país. Outras CDRs deverão ser instaladas em Cubatão (SP), Limeira (SP), Uberlândia (MG) e Rio Verde (GO).
Segundo Moura Jr., o planejamento da empresa é de instalar cerca de 3 a 5 novos CDRs por ano no curto prazo. Na avaliação do executivo, a mudança no modal de transporte do diesel para o GNL também reduzirá a dependência das importações do combustível e privilegiará o gás produzido no Brasil.
“Quando você fala de caminhões a GNL você está falando de deixar de importar diesel. Nós estamos numa crise comercial, uma guerra do petróleo, os Estados Unidos aí subindo tarifas de petróleo para o mundo, é preciso ter um movimento diferenciado”, disse Moura Jr.
AMPLIAÇÃO DE CONTRATO E INJEÇÃO DE R$ 450 MILHÕES
A VirtuGNL também informou que firmou a venda de 50% de suas ações para a Perfin Infra. O valor da negociação pode chegar a até R$ 450 milhões.
O aporte será feito por meio de uma debênture –título de crédito de longo prazo emitido por empresas– conversível em ações. O investimento inicial é de R$ 100 milhões, podendo alcançar os R$ 450 milhões a partir de metas.
Outra negociação destravada pela companhia foi a renovação do fornecimento de gás da Eneva. As empresas celebraram um aditivo que aumentou de 35.000 para 150 mil Nm³ (metros cúbicos normais) por dia. No futuro, o fornecimento pode alcançar até 700 mil m³ por dia.
O novo contrato passa a valer em março de 2025 e tem vigência até 2034. Com a assinatura do aditivo, a Eneva foi capaz de monetizar toda a capacidade das plantas de liquefação de gás natural do Complexo Parnaíba, localizado no Maranhão. Leia a íntegra do comunicado (PDF – 154 kB).