Banco Central do país anunciou nova redução no juro-base, que está em 29% ao ano; recuo se dá com desaceleração da inflação
A taxa básica de juros da Argentina recuou 104 pontos percentuais desde que o economista Javier Milei assumiu como presidente da Argentina, em 10 de dezembro de 2023. O libertário pegou o país com o juro-base em 133% ao ano.
Na 5ª feira (30.jan.2025), o Banco Central da Argentina anunciou uma nova queda de 3 pontos percentuais. Com isso, a taxa saiu de 32% para 29% ao ano.
A autoridade monetária argumentou haver “expectativas de baixa da inflação”. Eis a íntegra (PDF – 178 kB, em espanhol) do comunicado.
Leia a trajetória da taxa básica de juros argentina:
RIGOR FISCAL
Milei implantou corte de gastos ao reduzir o número de ministérios de 18 para 9 em seu 1º decreto como chefe de Estado. O presidente argentino também interrompeu a maioria das obras públicas e diminuiu o repasse de recursos para províncias e áreas como educação e saúde.
Ele também barrou o aumento para aposentados. A redução drástica das despesas foi uma promessa de campanha.
O simbolismo se deu ao erguer por diversas vezes a motosserra. As medidas têm levado o país a registrar superavit fiscal mês a mês.
INFLAÇÃO DESACELERA
A inflação da Argentina fechou 2023 em 211,4%. A taxa anualizada atingiu o pico em abril (289,4%), mas depois desacelerou de forma contínua até encerrar 2024 em 117,8%.
O resultado é 93,6 pontos percentuais abaixo do registrado em 2023, segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) Eis a íntegra do relatório (PDF – 883 kB, em espanhol).