Transações por Pix voltam a aumentar na 2ª metade de janeiro

Transações por Pix voltam a aumentar na 2ª metade de janeiro


O volume de transferências havia caído para o menor valor em 6 meses, em meio a notícias sobre uma possível taxação

O volume de transações feitas pelo Pix voltou a aproximar-se da média histórica na 3ª semana de janeiro. Entre os dias 16 e 27, o número de transferências totalizou 1,923 bilhões, alta de 0,24% em relação aos mesmos dias de novembro, segundo as estatísticas do Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI) do Banco Central (BC).

O levantamento vai do dia seguinte à revogação da norma que modernizava a fiscalização do Pix e de outros tipos de transferências financeiras até 2ª feira (27.jan.2025). Por causa de notícias sobre uma eventual tributação, que acarretou fraudes, como falsos boletos de cobrança de impostos e crimes à ordem econômica, como cobrança de preços diferenciados entre Pix e outras modalidades, a Receita Federal cancelou a instrução normativa que tinha entrado em vigor em 1º de janeiro.

Em relação a dezembro, o volume de transferências via Pix caiu 13,1% na comparação entre os dias 16 e 27. No entanto, o último mês do ano historicamente tem um pico de transferências por causa do pagamento do 13º salário, das compras de Natal e das férias de fim de ano. Dessa forma, o padrão histórico mais apropriado de comparação é com o mesmo período de novembro.

As informações sobre taxação do Pix que circularam na primeira quinzena de janeiro fizeram o volume de transações caísse 13,4% de 1º a 15 de janeiro em relação a dezembro. Na comparação com o mesmo período de novembro, o recuo chegou a 6,7%. Se considerar o período entre 1º e 14 de janeiro, a queda chega a 15,7% em relação a dezembro e a 7,9% em relação a novembro.

Além de revogar a norma, o governo editou uma medida provisória que reforça a isenção de impostos e o sigilo bancário sobre o Pix, princípios já garantidos pela Constituição. A MP também proíbe a cobrança de preços diferenciados pelo comércio para transações via Pix. Embora a Receita Federal tenha esclarecido que a instrução normativa não acarretaria cobrança de impostos pelo Pix, o crescimento das notícias sobre uma possível tributação do serviço forçou o cancelamento das novas regras.

MENOR NÍVEL EM 6 MESES

O número de operações realizadas com o Pix foi o menor em 6 meses, observando a 1ª metade do mês de janeiro. Levantamento do Poder360 comparou as transações efetuadas de 1º a 14 de janeiro com os meses anteriores. Foram 2,29 bilhões de transações realizadas neste mês, o volume mais baixo desde julho de 2023.

Janeiro interrompe 5 meses consecutivos de crescimento no número de operações no Pix. O fato já era esperado, uma vez que, em dezembro, os brasileiros têm mais recursos com o 13º salário dos trabalhadores formais. O recorde de transações diárias foi em 20 de dezembro, o último dia para o pagamento por parte dos empregadores.


Com informações de Agência Brasil





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