Conhecido nas redes sociais e no meio artístico como Latrell Brito, Vagner Borges Dias, foi preso em flagrante nesta terça (28), com documentos falsos, em praia da Bahia
Com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, o cantor de pagode com “nome artístico” de Latrell Brito ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, de acordo com o Ministério Público de São Paulo, com dinheiro vindo de fraudes em licitações. Além de artista, ele se passava por empresário, mas na realidade, conforme as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o criminoso é apontado como gerente da principal empresa utilizada para a lavagem de capitais para do PCC (Primeiro Comando da Capital), com atuação em mais de 20 prefeituras e câmaras no território paulista.
A localização de Vagner Borges Dias, bem como sua identidade falsa, só foi possível por meio de uma equipe de inteligência da Polícia Militar de São Paulo. A prisão do criminoso, que estava foragido desde abril do ano passado, na Operação Munditia, foi feita por policiais da Bahia, na praia de Arembepe, no município de Camaçari. Ele é investigado pelos crimes contra administração pública, corrupção, uso de documentos falsos e associação criminosa.
Sobre a operação
A Operação Munditia apura o envolvimento de integrantes do PCC na disputa de licitações públicas de prefeituras do Estado de São Paulo, em contratos que ultrapassam o valor de R$ 200 milhões. Na ação deflagrada em 16 de abril do ano passado, cerca de 200 policiais militares apoiaram o cumprimento de quase 60 ordens judiciais que resultaram na prisão de 13 pessoas. Entre elas, três vereadores e um advogado, além de ocupantes de cargos públicos.
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Os policiais estiveram em 11 prédios públicos, 21 conjuntos residenciais e dez comerciais e recolheram quatro armas, de calibres 380, 40, 38 e 9 milímetros, mais de 200 munições, 22 celulares e notebooks. Também encontraram dinheiro: R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e quase US$ 9 mil. Com a prisão de Vagner Borges Dias, o MPSP e polícia pretendem avançar com as investigações quanto aos processos licitatórios fraudados. A coluna não conseguiu contato com a defesa de Dias. O espaço segue aberto para posicionamento.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.