Acordo no STF encerra disputa que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Acordo no STF encerra disputa que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF


Medida foi expedida por Gilmar Mendes, que foi também o único a votar antes da suspensão do julgamento; na próxima eleição, Ronaldo Fenômeno deve se candidatar ao cargo

Rodrigo Ferreira/CBFEdnaldo Rodrigues dá coletiva
Segundo Gilmar Mendes, intervenção deve acontecer apenas quando uma entidade aprovar normas que violem a Constituição ou a legislação

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece as legalidades da Assembleia Geral Extraordinária da CBF e da eleição a presidente da entidade. Dessa forma, Ednaldo Rodrigues deve ser mantido definitivamente no cargo e se encerra uma longa disputa que questionava a legitimidade do dirigente. Antes da eleição de Ednaldo, em março de 2022, o MP-RJ havia questionado mudanças de regras internas da CBF. Quando Ednaldo foi eleito, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre entidade e Procuradoria, para conferir estabilidade ao pleito.

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Em dezembro de 2023, o TJ-RJ julgou a legalidade do TAC e anulou as assembleias da CBF que alteravam o formato da eleição em vigor quando Ednaldo foi eleito. Assim, o presidente foi afastado do cargo, o que gerou preocupação da Conmebol e da Fifa, que chegou a nomear um interventor. O STF iria retomar em 14 de março o julgamento que definiria o futuro de Ednaldo Rodrigues na CBF, conforme previsão do gabinete do ministro Flavio Dino, que pediu vistas dos autos em outubro. A corte deveria julgar se seria mantida ou derrubada uma liminar que reconduziu o dirigente ao comando da entidade.

A medida foi expedida por Gilmar Mendes, que foi também o único a votar antes da suspensão do julgamento. Gilmar Mendes manteve a posição favorável ao mandato de Ednaldo e defendeu que o STF deve proibir a intervenção estatal em questões internas das entidades desportivas, “em particular em relação àquelas veiculadas à autonomeação e ao autogoverno” dessas instituições. Segundo o ministro, a intervenção deve acontecer apenas quando uma entidade aprovar normas que violem a Constituição ou a legislação, ou em casos de investigação de casos penais e administrativos.

Enquanto isso, a política nos bastidores da CBF continua. Recentemente, foi aprovada uma alteração do estatuto da entidade, garantindo que presidentes da confederação poderão se reeleger duas vezes, mantendo-se no cargo por três mandatos consecutivos. A regra que vigorava até então permitia que apenas dois mandatos seguidos fossem cumpridos, com somente uma reeleição. A decisão foi aprovada por unanimidade pelas federações. A ideia é aproximar o novo estatuto da instituição de outros órgãos reguladores do futebol como Conmebol e Fifa, que seguem a mesma regra.

Na próxima eleição, diferente de 2017, quando Ednaldo não teve concorrentes, Ronaldo Fenômeno será candidato. O ex-jogador já articula apoios, inclusive com a escolha do tetracampeão Mauro Silva como um de seus vices.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes





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