Esper Georges Kallás afirma que a documentação para a produção do imunizante aguarda a aprovação da Anvisa
O diretor do Instituto Butantan, Esper Georges Kallás, afirmou que a vacina da dengue deve começar a ter efeito em 2026. A documentação está com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que analisa o pedido para o registro e liberação da produção da vacina.
“A gente está querendo que essa vacina já chegue para a população. Estamos muito entusiasmados com isso. Será uma mudança de paradigma, mas eu acho que o grande impacto [da vacina do Butantan] na dengue vai começar a surtir efeito em 2026”, disse Kallás em entrevista ao O Globo.
A vacina do instituto foi testada em faixa etária de 2 a 60 anos incompletos e os estudos mostram um cenário positivo na aplicação de apenas 1 dose do imunizante.
“Nós temos dados já de 3,7 anos de acompanhamento de vacinados mostrando que a proteção persiste. Então, até 3,7 anos, em média, posso dizer que é muito provável que não seja necessário aplicar outra dose. A gente está terminando a análise de 5 anos. Estamos confiantes”, disse Kallás.
A vacina para pessoas acima de 60 anos aguarda a liberação da Anvisa para iniciar as fases de testes.
O diretor do Butantan também confirmou que a vacina contra a gripe aviária está sendo estudada e teve a fase pré-clínica concluída. O pedido para a fase de testes com voluntários já foi enviado à Anvisa.
“A intenção é avaliar se essa vacina consegue induzir anticorpos protetores após duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. Agora a gente está direcionando (o desenvolvimento) para esse vírus H5 que está circulando aqui na América e inclusive já causou uma morte nos EUA”, afirmou o diretor.
