Empresas devem se preparar para uma transição ‘menos traumática’ na reforma tributária

Empresas devem se preparar para uma transição ‘menos traumática’ na reforma tributária


Especialistas recomendam ajustes no balanço financeiro, revisão da formação de preços de venda e análise de cenário

Gadini/PixabayTrês notas de R$ 50 enfileiradas na vertical
Aprovação de projetos como a PLP 68/24 marca o início de um processo que promete transformar a dinâmica de cobrança de impostos no país.

Com a aproximação da reforma tributária no Brasil, que deve entrar em transição em 2025, especialistas alertam para a importância de uma preparação adequada para minimizar os impactos das mudanças. A aprovação de projetos como a PLP 68/24 marca o início de um processo que promete transformar a dinâmica de cobrança de impostos no país.

De acordo com Eliete Carvalho Cirielli, diretora de Tributos e Perícia Contábil da ABordin Consultores, e Pier Paolo Atti, sócio da IRKO, este ano é decisivo para as empresas ajustarem suas operações e garantirem uma transição mais suave.  “O ideal é que as empresas comecem os preparativos desde já, pois 2026 trará desafios significativos, como a complexidade na determinação dos novos tributos e o impacto sobre os preços ao consumidor final”, pontua Atti. Ele destacou a necessidade de colaboração entre governo, empresas e sociedade civil para garantir a efetividade do processo.

Eliete Carvalho enfatiza a relevância de ajustes no balanço financeiro, incluindo a constituição de créditos tributários que serão afetados pela reforma. “É necessário parametrizar os sistemas atuais para evitar inconsistências durante a transição, revisar contratos considerando as novas regras e calcular cenários para os preços praticados”, explicou.

Entre as principais recomendações para as empresas estão:

  • Revisão da formação de preços de venda;
  • Análise de cenários de compra e venda;
  • Atualização dos créditos contabilizados;
  • Adequação de sistemas contábeis e ferramentas de análise;
  • Ajuste nas obrigações acessórias.

Atti também sugere a criação de grupos de trabalho especializados para lidar simultaneamente com o sistema fiscal atual e o que entrará em vigor. “É fundamental reavaliar a localização das bases operacionais, considerando que alguns incentivos fiscais regionais podem deixar de fazer sentido”, afirmou. Os especialistas são unânimes ao destacar a necessidade de consultorias especializadas. “Contar com profissionais qualificados é essencial para realizar simulações, comparativos entre os regimes tributários e identificar os impactos operacionais das mudanças”, concluiu Eliete.





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