43% optaram por biológicas no vestibular indígena da Unicamp

43% optaram por biológicas no vestibular indígena da Unicamp


Prova foi aplicada no domingo (12.jan) para 1.500 inscritos; as ciências tecnológicas foram as menos escolhidas, com 2,2%

A maioria (43%) dos candidatos da 6ª edição do vestibular indígena unificado da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) concorreu a uma vaga na área de saúde/biológicas. A prova foi aplicada no domingo (12.jan.2025) para 1.500 das 2.820 pessoas inscritas.

O segundo campo de conhecimento preferido dos candidatos foi o de ciências humanas (18,3%). O de medicina veio logo atrás (17,5%), juntamente com o de engenharias (9,5%), ciências exatas (5%) e o de artes (4,3%). Em último lugar, ficou a área de ciências tecnológicas (2,2%).

De acordo com informações repassadas pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares), da Unicamp, à Agência Brasil, nesta edição, os candidatos do gênero masculino foram maioria, por pouca diferença. A proporção foi de 51% contra 49% de mulheres.

Os povos que mais tiveram inscritos foram Baré, Ticuna –um dos mais numerosos da Amazônia–, Tukano, Baniwa, Kokama, Tariana, Desana e Kambeba. Os Atikum e os Pankararu também figuram na lista.

No que diz respeito às principais faixas etárias, predomina a de candidatos com idade entre 19 e 23 anos (38,7%). Os inscritos com 24 a 29 anos e os que têm mais de 29 anos representaram 24,4% e 13,7% do total, respectivamente.

As provas, com 50 questões de múltipla escolha e uma proposta de redação, cujo tema pôde ser escolhido entre o consumo de alimentos industrializados e justiça climática, foram realizadas em 5 municípios: Campinas (SP), Recife (PE), Santarém (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatinga (AM). O índice de abstenção, ou seja, de candidatos que faltaram na data e não fizeram o teste, foi menor do que o registrado na edição anterior do vestibular. A taxa passou de 49% para 46,8%.

Em resposta ao questionamento da reportagem sobre os critérios para selecionar as cidades de aplicação das provas, a Comvest explicou que são três: 

  • maior presença da população indígena, o que justifica as escolhas das cidades do Amazonas e, anteriormente, Dourados (MS);
  • e ⁠cidades que podem agregar maior número de estudantes e etnias de uma região, como é o caso de Recife e Santarém. 

Campinas é relevante para a banca por ser o local onde está localizada a sede da Unicamp, que pode tanto atender os indígenas do Estado de São Paulo como atuais universitários que desejam mudar de curso.


Com informações da Agência Brasil





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