Delator do PCC executado em aeroporto foi morto por PM, aponta corregedoria

Delator do PCC executado em aeroporto foi morto por PM, aponta corregedoria


Além do policial preso, outras 12 prisões de policiais militares ocorreram nesta operação, que investiga a conexão de membros da corporação com o PCC

Nesta quinta-feira (16/1), a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu um policial militar envolvido no assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, ocorrido em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Gritzbach tinha vínculos diretos com o PCC e era acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa, além de um duplo homicídio. Em sua delação premiada, firmada com o Ministério Público, ele revelou nomes de indivíduos ligados ao PCC e acusou policiais militares de envolvimento com corrupção e de facilitação de operações de lavagem de dinheiro para o grupo criminoso.

Veja as fotos

Vinicius Gritzbach (Foto: Reprodução/Record)

Vinicius Gritzbach (Foto: Reprodução/Record)

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Reprodução / SBT News

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Delator do PCC revelou a juiz que já havia sido sequestrado e ameaçado pela facção

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Atiradores fugiram em ônibus após matarem delator do PCC em aeroporto, aponta investigação da políciaReprodução

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Kauê do Amaral Coelho, suspeito de participação no assassinato do delator do PCCFoto: Reprodução

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Além do policial preso, outras 12 prisões de policiais militares ocorreram nesta operação, que investiga a conexão de membros da corporação com o PCC. Mandados de prisão para dois outros policiais ainda estão em aberto.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, comentou sobre a operação, destacando que a Polícia Militar não tolera desvios de conduta dentro de suas fileiras. “Nada vai ficar sem a devida resposta. A operação de hoje mostra que a Polícia Militar não admite desvios de conduta. Estamos atacando o crime organizado em diferentes frentes”, afirmou.

A investigação da Corregedoria que resultou na prisão do PM suspeito de matar Gritzbach começou antes do crime ocorrido no aeroporto. Em março do ano passado, uma denúncia anônima indicava possíveis vazamentos de informações sigilosas favorecendo criminosos ligados à facção, com o objetivo de impedir ações policiais e evitar danos financeiros ao grupo criminoso.

A apuração inicial gerou a abertura de um Inquérito Policial Militar em outubro de 2024. De acordo com a Corregedoria, policiais da ativa e da reserva estavam envolvidos no vazamento dessas informações. Entre os beneficiados estava Gritzbach, que contava com a escolta de PMs, evidenciando a integração desses agentes à organização criminosa.

Confira a cronologia do caso

Abril de 2024: A Corregedoria da PM inicia uma investigação sobre o envolvimento de policiais militares com o crime organizado. A denúncia inicial indicava que PMs faziam a segurança de criminosos e vazavam informações sigilosas.

Outubro de 2024: Uma nova denúncia chega à Corregedoria, acompanhada de fotos que mostram PMs fazendo a escolta de Vinícius Gritzbach durante uma audiência no Fórum da Barra Funda.

8 de novembro de 2024: Gritzbach é morto no aeroporto de Guarulhos. PMs responsáveis pela escolta do empresário são detidos, e seus celulares são apreendidos. A Corregedoria, a partir da análise desses dados, identifica que os policiais faziam parte de uma rede de proteção do PCC, passando informações para antecipar as ações da polícia.

Com isso, a Corregedoria conseguiu localizar um dos executores do assassinato. Através da quebra de sigilo telefônico, foi identificado que ele esteve no local do crime. Testemunhas também ajudaram no reconhecimento do suspeito após a fuga.

As imagens capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto mostraram o momento exato em que Gritzbach foi morto, quando homens encapuzados e armados com fuzis executaram o crime e fugiram em seguida. Durante a ação, um motorista por aplicativo que estava no local também foi atingido por um disparo e faleceu.

Nos dias seguintes, dois suspeitos de participação no assassinato foram detidos por uma força-tarefa montada pelo governo paulista para investigar o caso.



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