Espanha, França, Alemanha e Reino Unido defendem que acordo seja implementado efetivamente e apoiam solução de 2 Estados
Líderes mundiais comemoraram o cessar-fogo entre Israel e Hamas anunciado nesta 4ª feira (15.jan.2025). A iniciativa pode encerrar a guerra na Faixa de Gaza depois de mais de 1 ano e 3 meses de conflito. Entrará em vigor no domingo (19.jan), segundo o Qatar, e terá 3 etapas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou os países mediadores das negociações, Qatar, Egito e Estados Unidos, por seus esforços na intermediação.
“É imperativo que este cessar-fogo elimine os significativos obstáculos de segurança e políticos à entrega de ajuda em Gaza para podermos apoiar um aumento substancial na assistência humanitária urgente e essencial para salvar vidas”, afirmou Guterres em declaração a jornalistas.
O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, afirmou em publicação no X (ex-Twitter) que foram precisos “esforços exaustivos ao longo de mais de 1 ano” para o acordo ser alcançado.
“Enfatizo a importância de acelerar a entrada de ajuda humanitária urgente para o povo de Gaza, a fim de enfrentar a atual situação humanitária catastrófica, sem quaisquer impedimentos, até que seja alcançada uma paz sustentável por meio da solução de 2 Estados”, disse.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse em comunicado que o povo palestino e israelense aguardavam um anúncio de cessar-fogo “com urgência”.
Disse ainda que a iniciativa cria uma oportunidade para o retorno dos reféns a seus lares, para aliviar o sofrimento com um aumento na ajuda humanitária em Gaza e para a busca de uma solução de 2 Estados “que garanta a segurança de Israel e a soberania de um Estado palestino viável”.
Eis outras declarações:
- Olaf Scholz (chanceler da Alemanha) – disse que a iniciativa “deve ser implementada de maneira consistente” e oferece “a chance de um fim duradouro da guerra e da melhoria da grave situação humanitária na Faixa de Gaza”.
- Pedro Sánchez (primeiro-ministro da Espanha) – afirmou receber “com esperança” o acordo. “É crucial para alcançar a estabilidade regional. Representa um passo indispensável no caminho para a solução dos 2 Estados e uma paz justa e respeitosa com o direito internacional”, disse.
- Emmanuel Macron (presidente da França) – disse que o acordo “deve ser respeitado, os reféns, libertados” e o palestinos socorridos. Defendeu ainda que “uma solução política” deve ser criada.
O presidente dos EUA, Joe Biden (democrata), afirmou em declaração a jornalistas que, apesar de seu governo ter ajudado a facilitar as negociações sobre um cessar-fogo, a responsabilidade de assegurar a implementação caberá à administração de Donald Trump. O republicano tomará posse em 20 de janeiro.
Trump também comentou sobre a questão. Reivindicou o sucesso do cessar-fogo. Disse, em uma publicação na Truth Social, que sua “vitória histórica” sinalizou para o “mundo inteiro” que seu governo busca a paz e negocia pactos para “garantir” segurança aos aliados dos EUA.
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