EUA retiram Cuba da lista de países que patrocinam o “terrorismo”

EUA retiram Cuba da lista de países que patrocinam o “terrorismo”


Biden disse que o governo cubano não forneceu nenhum apoio ao “terrorismo internacional”; Cuba está na lista desde 1982

A Casa Branca divulgou nesta 3ª feira (14.jan.2025) a decisão do presidente Joe Biden (Democrata) de retirar Cuba da lista de países que patrocinam o “terrorismo”.

Segundo um comunicado do governo norte-americano, Cuba não forneceu apoio ao “terrorismo internacional” nos últimos 6 meses, além de garantir que não apoiaria atos do tipo no futuro. Eis a íntegra da nota da Casa Branca (PDF – 31 kB, em inglês).

A lista dos países que “apoiam o terrorismo” foi criada em 1979, no contexto da Guerra Fria. O objetivo é impor sanções econômicas e embargos aos países acusados pelos EUA de dar algum tipo de suporte a atividades extremistas.

Cuba, que está listado de 1982, foi retirado em 2015 sob o governo do democrata Barack Obama, mas voltou em 2021 no fim do 1º mandato de Donald Trump (Republicano). Depois da saída de Cuba, apenas 3 países estão presentes na lista: Síria, Coreia do Norte e Irã.

Funcionários do governo consultados pela rede CNN disseram que não possuem “informações que apoiem a designação de Cuba” na lista.

Os integrantes da administração norte-americana também afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “pediu diretamente ao presidente Biden para remover Cuba da lista”.

O presidente brasileiro já defendeu a retirada de Cuba dos indicados durante a 79ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro de 2024. Na ocasião, o petista disse que “é injustificado” manter o país na lista dos que apoiam o “terrorismo”.

O pedido do presidente Lula não foi isolado, uma pressão internacional da UE (União Europeia), Espanha, Canadá, Colômbia, Chile e outros fizeram o governo dos EUA remover Cuba da lista.

Biden tomou a medida a poucos dias de deixar a Casa Branca com o início do 2º mandato de presidente eleito Donald Trump, que pode novamente colocar Cuba na lista como já fez.

“Certamente, eles terão uma oportunidade de rever essa posição também. No entanto, eles trabalharão com a mesma base de informações que a administração atual tem em termos de avaliar se Cuba atende aos critérios para designação como um estado patrocinador do terrorismo”, disseram funcionários do governo Biden.





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