Plano mortal: Polícia revela detalhes sobre envenenamento com bolo em Torres (RS)

Plano mortal: Polícia revela detalhes sobre envenenamento com bolo em Torres (RS)


Investigação aponta que acusada usou arsênio em dois crimes; três pessoas morreram

O Fantástico teve acesso exclusivo aos detalhes da investigação que aponta Deise dos Anjos como responsável por envenenar um bolo com arsênio, causando a morte de três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul. Entre os documentos analisados estão a perícia realizada no doce e os recibos que comprovam a compra da substância tóxica pela internet, em nome da acusada. O caso ainda envolve a reabertura da apuração da morte do sogro da suspeita, também vítima de envenenamento, ocorrido em setembro do ano passado.

Deise dos Anjos, presa há uma semana, é acusada de envenenar a sogra e outras seis pessoas utilizando um bolo contaminado com arsênio. O crime aconteceu em um encontro familiar no dia 23 de dezembro, resultando na morte de três pessoas e na hospitalização de outras.

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Delegacia da Polícia Civil em Torres (RS) onde o caso é investigadoReprodução: Internet


Entre as vítimas fatais estão Neuza Denise, irmã de Zeli dos Anjos (sogra de Deise), e Tatiana, filha de Neuza. Zeli, que sobreviveu após passar pela UTI, descreveu o gosto estranho do bolo no momento em que o consumiu. A investigação revelou que o arsênio foi misturado à farinha usada na preparação do doce.

Além do caso recente, a polícia reabriu a apuração da morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, falecido em setembro. A exumação do corpo confirmou a presença da mesma substância tóxica, que teria sido misturada ao leite em pó ingerido por ele.

O inquérito trouxe evidências detalhadas, como a compra do veneno pela internet, comprovada por nota fiscal em nome de Deise. O celular da acusada também foi periciado, revelando buscas relacionadas a venenos e mensagens em que ela ameaçava a sogra e criticava a família.

O advogado de Deise afirmou que a acusada deve ser julgada com base no devido processo legal e que os dados obtidos do celular precisam ser analisados dentro de um contexto adequado. A irmã da suspeita enviou uma carta defendendo que não é possível ser condenada sem julgamento, mencionando que ela ajudou os sogros em situações difíceis no passado.

A polícia segue investigando como a farinha contaminada foi parar na casa de Zeli e busca concluir o inquérito, que deve ser encaminhado à Justiça nas próximas semanas.



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