A violência e o domínio do poder paralelo em comunidades do Rio de Janeiro continuam a impactar profundamente a vida dos moradores. Estes cidadãos são obrigados a seguir regras rígidas para evitar represálias, vivendo sob constante vigilância e medo. Em áreas controladas por milícias ou tráfico de drogas, gestos, roupas e até comportamentos podem ser mal interpretados, resultando em consequências fatais. Um exemplo trágico dessa realidade ocorreu recentemente com Francisco de Assis de Almeida, de 40 anos, que foi morto na comunidade do Catiri, em Bangu, após ser confundido com um miliciano por estar vestindo preto. A milícia tenta expandir seu controle na Zona Oeste, e a cor preta foi associada a eles, levando traficantes a atirarem em Francisco, que não resistiu aos ferimentos.
Este incidente não é isolado e reflete um problema mais amplo de violência no Brasil, que registra quase 40 mil homicídios anuais. Em Quintino Bocaiuva, Jorge Luiz da Silva Júnior, de 25 anos, foi morto por traficantes, que o confundiram com um membro de facção rival. A violência se estende a outros Estados — principalmente no Nordeste —, onde até mesmo gestos em fotos podem ser mal interpretados, resultando em mortes. No Rio de Janeiro, os moradores enfrentam dificuldades para acessar comunidades, com aplicativos de transporte se recusando a entrar em áreas de risco. Em algumas regiões, como a Ilha do Governador, o tráfico criou seu próprio aplicativo de transporte, evidenciando a influência e o controle que exercem sobre o cotidiano das pessoas.
Além disso, as mulheres no Complexo da Serrinha, em Madureira, foram punidas por traficantes por supostamente passarem informações a terceiros. Elas tiveram seus cabelos cortados como advertência, destacando o controle rígido exercido pelo tráfico. Este tipo de punição ilustra a opressão e a falta de liberdade enfrentada pelos moradores, que vivem sob um regime de medo e insegurança. A situação no Rio de Janeiro é um reflexo da presença do poder paralelo, que impõe regras e limita a liberdade dos moradores, criando um ambiente de constante tensão e perigo.
*Com informações de Rodrigo Viga
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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