Saiba quem é ‘Nero do Piseiro’, suspeito de liderar ataque a assentamento do MST em Tremembé

Saiba quem é ‘Nero do Piseiro’, suspeito de liderar ataque a assentamento do MST em Tremembé


Douglas Mansur e Filipe Peres/Comunicação MSTVelório de Valdir do Nascimento e Gleison Barbosa de Carvalho, integrantes do MST mortos em chacina no assentamento de Tremembé
Velório de Valdir do Nascimento e Gleison Barbosa de Carvalho, integrantes do MST mortos em chacina no assentamento de Tremembé

A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (11) Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, suspeito de liderar um ataque a um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé, no Vale do Paraíba. A ação resultou em pelo menos duas mortes. De acordo com o delegado Marcos Rogério Pereira Machado, Nero foi encontrado no bairro Santa Tereza, em Taubaté, cidade vizinha a Tremembé. No local, a polícia apreendeu uma moto que pode ter sido usada no crime. As investigações indicam que o suspeito organizou e participou do ataque, motivado por uma disputa de terras no assentamento.

O delegado afirmou que Nero foi reconhecido por sobreviventes, que relataram que o grupo responsável pelo ataque não usava máscaras. Segundo o chefe da Delegacia Seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, o suspeito admitiu envolvimento e está colaborando com a polícia, indicando possíveis esconderijos de outros envolvidos.

Nero, de 41 anos, tem histórico de intimidações contra integrantes do MST, conforme relatos do movimento. Ele teria feito ameaças recorrentes nos últimos dois anos, incluindo a tentativa de atropelamento de trabalhadores com uma caminhonete. O MST alega que denúncias foram formalizadas à polícia, mas nenhuma investigação foi aberta antes do ataque.

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Natural de Petrolina (PE), Nero tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo e foi condenado em abril de 2024, mas absolvido em segunda instância em novembro do mesmo ano. Pai de sete filhos, ele informou à polícia que vive em um bairro rural de Tremembé, trabalha como autônomo e tem renda de R$ 2.000 por mês. A prisão de Nero ainda será analisada em audiência de custódia para decidir se será mantida ou convertida em preventiva. As investigações continuam para localizar outros envolvidos no ataque.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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