Segundo a ministra do Meio Ambiente, “a luta da oposição” venezuelana “ficará na história da resistência democrática” ao autoritarismo
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), criticou neste domingo (12.jan.2025) o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda). Ela afirmou que o candidato da oposição, Edmundo González (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), teve “maioria acachapante” dos votos na eleição presidencial de julho de 2024.
O chavista tomou posse na 6ª feira (10.jan) para seu 3º mandato. A vitória foi amplamente contestada pela comunidade internacional, que levantou acusações de fraude. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não reconheceu a reeleição de Maduro. Cobrou as atas eleitorais –nunca divulgadas pela Justiça venezuelana. O petista era aliado histórico do regime, desde a presidência de Hugo Chávez (1954-2013).
Em publicação em seu perfil no Threads, Marina citou González e María Corina ao afirmar que “a luta da oposição” venezuelana “ficará na história da resistência democrática aos regimes autoritários”.
“A proclamação da vitória de Maduro ocorreu porque ele tem o controle absoluto de todas as instituições do país, incluindo Judiciário e Forças Armadas, além de movimentos políticos e organizações paralelas de apoio a seu governo”, disse.
A ministra ainda cobrou que democracias, em especial das Américas, continuem “exigindo o fim do desrespeito aos direitos humanos e às regras democráticas, a fim de que seja assegurada a vontade soberana do povo venezuelano e o retorno à normalidade democrática, com eleições livres e transparentes”.
“Democracia sempre! Ditaduras nunca mais”, escreveu Marina Silva. O presidente Lula já afirmou, em agosto do ano passado, que o governo Maduro tem um “viés autoritário, mas não é uma ditadura”.
Leia mais: