O vencedor do “BBB 5” e ex-deputado federal não dava entrevistas sobre o reality há anos e se reaproximou da Globo por causa dos dois projetos
Sem falar do “BBB” há muitos anos, o vencedor do “BBB 5” e ex-deputado federal Jean Wyllys aceitou gravar um depoimento para a série documental “BBB: O Documentário – Mais que uma espiada”, que começou a ser exibida nesta terça-feira, dia 7. O baiano, no entanto, fez uma espécie de “venda casada” com a Globo. Ele também falou com a emissora a respeito do documentário sobre a revista “G Magazine”.
Vencedor da edição que revelou Grazi Massafera, Jean fazia muitos anos não falava sobre o “BBB” publicamente. Seu aceite foi bastante comemorado pela equipe que produziu o doc sobre o reality. “Temos entrevistas muito boas com personagens icônicos do programa, como Gil do Vigor, Tina, Juliette, Kleber Bambam, Grazi Massafera, Diego Alemão, Ana Paula Renault. Conversamos com Jean Wyllys, que há anos não fala sobre o ‘Big Brother’. Fizemos entrevistas muito fortes com Fernando Fernandes, Solange e Ariadna. São entrevistas muito diferentes entre si, mas que revelam lados dos personagens ainda pouco explorados”, explicou o diretor e roteirista Bruno Della Latta.
Jean, que após o “BBB”, posou para a revista que tinha os gays como público alvo, também vai participar do documentário que vai contar a trajetória da “G Magazine”. O político chegou a ter uma coluna na publicação. Na entrevista que fez sobre a revista, Jean também relembrou os tempos de “BBB”.
Já em sua participação do doc sobre o reality show, que tem previsão de ir ao ar no último dia, na sexta-feira, dia 10, o baiano de Alagoinhas recordou que foi ele quem colocou a homofobia em discussão na sua edição ao dizer que só foi votado para ir ao Paredão por ser gay.
“Eu não era uma má pessoa, eu tratava todo mundo bem. A única explicação para os votos dos homens em mim era a homofobia. Imediatamente eu falei isso na TV, e foi uma coisa espontânea para mim naquele momento. Depois que eu saí da casa, eu descobri que, de fato, a família brasileira parou de respirar por cinco segundos. ‘Como assim esse cara está dizendo que é gay com esse orgulho? Com essa naturalidade?’”, relembrou Jean Wyllys.
E continuou: “O programa se constrói numa narrativa que é a estrutura do bem contra o mal, e a partir daí a coisa detona. Eu venci o programa. Então quando eu saí, me dei conta do que tinha acontecido. O Brasil tinha debatido, de Norte a Sul, o tema da homofobia”.