Edmundo González busca apoio para tomar posse como presidente em 10 de janeiro; governo Maduro diz que irá prendê-lo caso volte à Venezuela
O representante da oposição na Venezuela, Edmundo González (La Plataforma Unitaria Democrática, centro-direita), encontrou-se nesta 2ª feira (6.jan.2025) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata), na busca por apoio para tomar posse como presidente da Venezuela.
Segundo uma publicação no X (ex-Twitter), o encontro na Casa Branca foi a 1ª de muitas reuniões com altos funcionários dos EUA. González já disse que voltará à Venezuela em 10 de janeiro para a posse presidencial.
“Tivemos uma larga, frutífera e cordial com o presidente Biden e sua equipe. […] Agradecemos todo o apoio que o governo dos EUA têm nos dado pela recuperação da Venezuela”, disse Edmundo González em vídeo publicado nas redes sociais.
O opositor, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024, também disse que está em contato com a equipe do presidente eleito Donald Trump (Republicano) para continuar as relações de apoio com os EUA. Funcionários da Casa Branca confirmaram a visita, porém não detalharam o que foi discutido.
Edmundo González já se encontrou com outros líderes internacionais em busca de apoio contra o presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda).
Nesta semana, González esteve com o presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), em Buenos Aires. Também se encontrou com o atual presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou (Partido Nacional, centro-direita), em Montevidéu.
O líder opositor tenta pressionar os países vizinhos a não reconhecer o resultado oficial do governo venezuelano, que deu vitória a Nicolás Maduro, mas sem divulgar as atas eleitorais.
Edmundo González ainda deve se reunir com lideranças do Panamá e República Dominicana. O Brasil não está nos planos.
POSSE EM 10 DE JANEIRO
A equipe de Edmundo González não detalhou até o momento de que forma o opositor irá tomar posse na 6ª feira (10.jan). González esteve isolado na Espanha desde setembro, quando o governo Maduro emitiu um mandado de prisão contra o diplomata.
A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado, apela para que a população proteste em 9 de janeiro e durante a posse de Maduro, que teve a reeleição contestada por órgãos internacionais e nações estrangeiras.
O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, disse que o opositor seria preso caso voltasse ao país. “Terei prazer em receber o senhor González Urrutia. Ele sabe que assim que colocar o dedo na Venezuela será preso”, disse em uma entrevista.
