Governo de São Paulo inicia negociações com setor de serviços sobre aumento do ICMS

Governo de São Paulo inicia negociações com setor de serviços sobre aumento do ICMS


Integrantes da gestão estadual, incluindo o secretário de Governo, Gilberto Kassab, e o secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, se reuniram com lideranças da área para ouvir argumentos sobre os impactos da alta tributária

Divulgação/FhorespEncontro entre integrantes do governo de São Paulo e lideranças do setor de serviços
Encontro entre integrantes do governo de São Paulo e lideranças do setor de serviços no Palácio dos Bandeirantes

O governo de São Paulo iniciou diálogos com representantes do setor de serviços para discutir a possível revisão do aumento do ICMS de 3,2% para 12%, previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2025. A medida impactaria diretamente bares, restaurantes e hotéis, que defendem a renovação de um benefício fiscal existente desde 1993. Na segunda-feira (16), integrantes do governo estadual, incluindo o secretário de Governo, Gilberto Kassab, e o secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, se reuniram com lideranças do setor para ouvir argumentos sobre os impactos negativos da alta tributária. Representantes da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) afirmaram que o aumento pode resultar no fechamento de estabelecimentos e na perda de empregos.

Durante a reunião no Palácio dos Bandeirantes, o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, destacou que a elevação do ICMS tornaria São Paulo o Estado com a maior carga tributária para o setor de alimentação fora do lar. Segundo Pinto, a mudança desestimularia novos investimentos e resultaria em aumento imediato de preços para os consumidores. “Corre-se o risco de portas baixarem e de postos de trabalho serem fechados”, alertou. O diretor de Relações Institucionais da Fhoresp, Sylvio Lazzarini, também criticou a medida, afirmando que ela criaria uma barreira ao crescimento de pequenas empresas. Segundo Lazzarini, o fim do regime especial desestimularia negócios a ultrapassarem o limite de faturamento do Simples Nacional, que atende empresas com receita anual de até R$ 4,8 milhões.

Kassab sinalizou apoio ao pleito do setor, prometendo levar o assunto ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Samuel Kinoshita demonstrou disposição para negociar a manutenção do regime especial, vigente há mais de três décadas. O governo paulista argumenta que o fim do benefício fiscal afetaria apenas empresas de médio e grande porte, enquanto 80% dos bares e restaurantes enquadrados no Simples Nacional seriam preservados. No entanto, representantes do setor consideram essa análise “desconectada da realidade”.

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As negociações entre o governo e o setor de alimentação devem continuar nos próximos meses. A Fhoresp e outras entidades, como a Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas (Fenerc) e o Sindicato de Bares e Restaurantes de São Paulo (Sindresbar), pretendem intensificar a mobilização para evitar o aumento tributário e preservar a competitividade do setor em São Paulo.

Publicado por Felipe Cerqueira





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