MST intensifica pressão sobre governo Lula com invasões e protestos

MST intensifica pressão sobre governo Lula com invasões e protestos


Recentemente, o MST ocupou duas fazendas em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, e uma área em Canaã dos Carajás, no Pará

Divulgação/MSinvasão mst
MST faz manifestação na sede do INCRA em RS

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou suas ações de pressão sobre o governo de Lula, realizando invasões em propriedades rurais em três estados: Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso do Sul. Recentemente, o MST ocupou duas fazendas em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, e uma área em Canaã dos Carajás, no Pará. Além disso, o movimento bloqueou a Estrada de Ferro Carajás em Parauapebas e promoveu protestos nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre e Campo Grande. A insatisfação do MST está relacionada à lentidão nas políticas de reforma agrária, que o movimento considera inadequadas. Ceres Hadich, uma das líderes do MST, destacou que, apesar das promessas do governo, não houve ações concretas até o momento. O movimento reivindica uma nova reunião com o presidente Lula, uma vez que a última ocorreu em agosto e não trouxe resultados satisfatórios.

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Além das invasões, o MST tem buscado diálogo com o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas as respostas recebidas foram consideradas insatisfatórias. O movimento chegou a solicitar a demissão do ministro Paulo Teixeira, evidenciando a frustração com a atual gestão. As ações fazem parte da campanha “Natal com Terra”, que deve se estender nos próximos dias. O governo, por sua vez, justifica a situação com limitações orçamentárias e menciona que o programa de reforma agrária estava estagnado desde a administração de Michel Temer.

O ministro Teixeira está em busca de alternativas, mas o progresso não tem sido suficiente para atender às demandas do MST. Desde o início do terceiro mandato de Lula, a relação entre o governo e o movimento tem se tornado cada vez mais tensa, com um aumento notável nas invasões de terras. O MST também critica o orçamento destinado ao Incra, que para este ano é de R$ 567 milhões, quase o dobro do valor de 2023, mas ainda assim inferior aos investimentos realizados em gestões anteriores. João Pedro Stédile, um dos fundadores do MST, expressou descontentamento com o programa Minha Casa, Minha Vida, argumentando que ele favorece a classe média em detrimento das necessidades dos sem-teto.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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