Lula participa da Cúpula do G7 no Canadá em meio à escalada de conflitos no Oriente Médio

Lula participa da Cúpula do G7 no Canadá em meio à escalada de conflitos no Oriente Médio


Segurança energética será o foco central do encontro das sete maiores economias e países convidados, em um contexto global de tensão e impasse diplomático

Ricardo Stuckert/PR
Lula e Emmanuel Macron estarão presentes na reunião 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da Cúpula do G7 na próxima terça-feira (17), a convite do governo do Canadá. Lula viaja na manhã desta segunada (16) com destino Kananaskis, na província de Alberta, região central do país. O chefe de Estado brasileiro vai participar do segmento de engajamento externo, parte da programação da Cúpula. É a nona vez que ele é convidado a participar do encontro. Além do Brasil, foram convidados líderes da África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, além de dirigentes dos seguintes organismos internacionais: ONU, Banco Mundial, Comissão Europeia e Conselho da União Europeia.

O G7 foi criado em 1975, por iniciativa do presidente francês Valéry Giscard d’Estaing, com o objetivo de reunir os países mais industrializados do mundo à época para tratar de questões de política econômica de interesse comum. Em 2025, o grupo completa 50 anos de existência. Atualmente, os países-membros são: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O tema principal da reunião com o presidente brasileiro será segurança energética, com ênfase em tecnologia e inovação, diversificação e viabilização de cadeias produtivas de minerais críticos, infraestrutura e investimento. Também serão debatidas a preservação de florestas e a prevenção de incêndios.

As potências se reúnem com foco na pauta energética, mas num momento de forte tensão geopolítica global. A guerra entre Rússia e Ucrânia, sem perspectivas de pacificação. O massacre de Israel em Gaza, frequentemente classificado pelo presidente Lula não como uma guerra, mas um genocídio – com um exército contra civis, sobretudo mulheres e crianças. E com o crescimento da mobilização popular internacional em meio à omissão dos organismos internacionais. Como se não bastasse, os ataques iniciados por Israel contra o Irã na semana que passou, provocando a contraofensiva e a ameaça de um conflito armado de proporções imprevisíveis. E o risco de a mobilização de militar ocidental se transformar numa nova guerra.

Tudo isso em um ambiente de emergência climática exigindo das nações mais industrializadas do mundo uma atenção tardia aos acordos climáticos firmados há décadas. Acordos esses nunca cumpridos, em grande medida por falta de compromisso dos ricos, como também sempre ressalta o presidente Lula em suas agendas internacionais.

“A participação do presidente Lula na reunião do G7 é muito importante, porque nós teremos a COP 30 no Brasil. É uma oportunidade para que o presidente possa falar da organização da COP 30 e convidar os outros líderes para que venham ao Brasil. E o tema principal de discussão do G7 tem uma ligação direta com o que será tratado na conferência em Belém”, ressaltou o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Lyrio. O Brasil mantém com os membros do G7 coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do grupo interagem.

* Com informações da Agência Gov

 





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