Em depoimento ao STF, Mauro Cid detalha plano golpista e diz que Bolsonaro chegou a editar minuta que previa ações contra autoridades
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi ouvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9/6). O depoimento, que integra o inquérito sobre o suposto plano golpista de 2022, durou cerca de três horas antes de um intervalo.
Durante a sessão, Cid afirmou ter presenciado as articulações em torno do plano e disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a editar pessoalmente a minuta do golpe.
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Ao ser questionado sobre as expectativas de Bolsonaro e de Braga Netto — então candidato a vice-presidente na chapa — Cid declarou:
“A grande expectativa era que fosse encontrada fraude nas urnas. Com a fraude, de certa forma, nós poderíamos convencer os militares de que as eleições foram fraudadas e, talvez, a situação mudasse.”
Segundo ele, a minuta golpista foi elaborada após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. O documento previa medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Cid afirmou ainda que Bolsonaro “enxugou o texto original”, retirando menções explícitas à prisão de autoridades dos Três Poderes, além dos nomes dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
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