Principal produto da dramaturgia da Globo, os folhetins, em especial o do horário nobre, estão sempre em discussão. A liderança de audiência, em cada faixa de exibição, é indiscutível, mas o formato passa por um sério desgaste.
Internamente, há quem diga, entre os prováveis motivos, que alguns autores deixaram de se preocupar com o fator entretenimento puro e simples para enveredar por causas, as mais diferentes, que afastam a audiência.
E todos sabem que o telespectador não quer saber muito disso.
Ao chegar em casa, principalmente aquele do horário das 21h, ele busca, muitas vezes, um dramalhão regado a alguma comédia. Gosta de torcer por esse ou aquele personagem. Odiar a vilã. O vilão…
Situações do tipo “Eu sou resistência”, enxertadas por ali, causam estranheza.
Posição política, melhor deixar para os telejornais.
Até por isso, há um esforço para que as próximas novelas da Globo, TV aberta mesmo, invistam apenas no popular “arroz com feijão bem temperado”.
Busquem fórmulas simples para seus roteiros, como eram no passado.
A Globo sabe fazer. Basta querer.