Justiça determina suspensão do serviço de mototáxi em SP após morte de passageira

Justiça determina suspensão do serviço de mototáxi em SP após morte de passageira


Decisão prevê multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento; em reação à decisão judicial, a 99 anunciou a suspensão temporária do serviço na cidade e considerou a proibição inconstitucional  

MARCELO ESTEVÃO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDORepresentantes da Uber Brasil, da 99 e dos movimentos de mototaxistas e motoboys participam de audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo
A determinação foi tomada dois dias após a morte de uma passageira que utilizava o serviço na Zona Norte da cidade

Na última segunda-feira (26), a Justiça de São Paulo tomou uma decisão significativa ao ordenar a suspensão imediata do serviço de mototáxi das empresas 99 e Uber na capital paulista. Esta determinação foi proferida e publicada pelo desembargador Eduardo Gouvea. A decisão estabelece uma multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento, destacando a seriedade com que a Justiça está tratando o caso. O magistrado ressaltou que as plataformas já haviam desrespeitado uma ordem anterior, datada de 16 de maio, que proibia o serviço. Naquela ocasião, um efeito suspensivo concedido à prefeitura já obrigava a interrupção da atividade, mas as empresas continuaram a operar.

A nova decisão judicial surge em um contexto trágico, apenas dois dias após a morte de Larissa Barros Máximo Torres, de 22 anos, que estava utilizando o serviço de mototáxi por aplicativo. O acidente ocorreu na Avenida Tiradentes, na zona norte de São Paulo, quando a jovem foi arremessada da motocicleta após a colisão com a porta aberta de um carro parado. Infelizmente, Larissa caiu na pista e foi atropelada por outro veículo. Segundo informações da Polícia Civil, um dos passageiros do carro, que estaria embriagado, abriu a porta de forma repentina, causando o acidente. O motociclista envolvido no incidente deixou o local e não compareceu à delegacia, o que complicou ainda mais a situação.

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Em resposta ao ocorrido, a empresa 99 confirmou que o motociclista estava prestando serviço para a plataforma no momento do acidente e informou que ele foi socorrido para outro hospital. A empresa, em reação à decisão judicial, anunciou a suspensão temporária do serviço 99 Moto em São Paulo a partir das 17h desta segunda-feira. No entanto, a 99 considera a proibição inconstitucional e já manifestou a intenção de adotar medidas legais para contestar a decisão. A plataforma destacou que já realizou mais de 1 milhão de corridas com o serviço na capital, o que demonstra a popularidade e a demanda pelo serviço, apesar dos riscos associados.

*Com informações de Valéria Luizette 

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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