Salgado contraiu ‘forma rara de malária’ na Indonésia, enquanto trabalhava no projeto Gênesis: ‘Quinze anos depois, as complicações desta doença resultaram em uma leucemia grave, que acabou por vencê-lo’, diz a nota

Uma leucemia, consequência da malária que contraiu em 2010 quando percorreu o mundo para seu projeto Gênesis, foi causa da morte do fotojornalista Sebastião Salgado, segundo informou sua família. “Por mais de cinco décadas, junto com sua companheira Lélia Wanick Salgado, criou uma obra fotográfica inigualável. Rica em conteúdo humano, oferece uma perspectiva sensível sobre as populações mais desfavorecidas, com uma perspectiva sobre os problemas ambientais que ameaçam nosso planeta”, afirmou a família em um comunicado.
A nota acrescentou que, por seu trabalho fotográfico, com o qual “lutou por um mundo mais justo”, Salgado “viajava por todo o mundo”, o que o levou a contrair “uma forma rara de malária” na Indonésia em 2010, enquanto trabalhava no projeto Gênesis. “Quinze anos depois, as complicações desta doença resultaram em uma leucemia grave, que acabou por vencê-lo”, completou a nota.

Siga o canal da Jovem Pan Entretenimento e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
A família destacou ainda que, além do lado profissional, Salgado deixou um legado humano e ambiental e relembrou a fundação do Instituto Terra, “que até hoje já plantou com sucesso mais de três milhões de árvores”. “Através da lente de sua máquina, Sebastião se beneficiou sem descanso por um mundo mais justo, mais humano e mais ecológico”, enfatizaram seus familiares na nota.
As fotografias em preto e branco de Salgado fazem parte da história recente do mundo e são emblemáticas de um legado reconhecido com prêmios valiosos, como o Prêmio Príncipe das Astúrias das Artes (1998), o prêmio honorário do Sony World Photography Awards (2024) e o Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo (1988).
*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira