Ministro do Interior do governo Maduro afirma que “mercenários” desejavam entrar no país para interromper as eleições legislativas e estaduais venezuelanas
O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou nesta 2ª feira (19.mai.2025) que o governo do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) proibirá todos os voos vindos da Colômbia com destino ao país.
Segundo Cabello, “mercenários” colombianos desejavam interromper as eleições estaduais realizadas no domingo (25.mai). Ele mencionou a prisão de 38 envolvidos em um plano para detonar bombas em embaixadas, instituições e outros prédios públicos da Venezuela.
“Demos instruções para suspender imediatamente todos os voos da Colômbia para a Venezuela. Porque as informações que temos se referem à transferência de pessoas que vêm com objetivos claros e entrarão na Venezuela como qualquer outro turista”, disse a jornalistas.
O ministro não detalhou a medida. A autoridade não mencionou, por exemplo, se voos da Venezuela para a Colômbia seriam mantidos ou quanto tempo durará a proibição.
A AVN (Agência Venezuelana de Notícias) disse que governo Maduro reforçará a segurança do sistema elétrico depois de descobrir evidências de que “extremistas de direita” tentaram “sabotar” os serviços.
O governo chavista também acusou a oposição, liderada por María Corina Machado, de planejar ataques a prédios públicos durante as eleições.
A Venezuela já fechou voos para República Dominicana e Panamá, ambos os casos depois das eleições presidenciais de 2024.
Na época, diversos países latino-americanos acusaram o governo venezuelano de fraude no resultado eleitoral, que deu vitória a Maduro contra o opositor Edmundo González.
Autoridades venezuelanas tentam chamar a população para as eleições de domingo, na qual serão eleitos 285 deputados para a Assembleia Nacional e 24 governadores, o que inclui os 23 estados mais o administrador da capital Caracas.
Pela 1ª vez, a Venezuela busca eleger um governador para Essequibo, região da Guiana que Maduro considera como 24º Estado do país.
O Tribunal Internacional de Justiça, no entanto, determinou que o governo venezuelano não faça eleições em Essequibo, que tem grande reserva de petróleo. Autoridades chavista não reconhecem a autoridade da Corte e o pleito para a região marcado.