Nome do irmão de Lula em investigação do INSS acende alerta no Planalto

Nome do irmão de Lula em investigação do INSS acende alerta no Planalto


Vice-presidente de sindicato inicialmente citado em operação da Polícia Federal (PF), Frei Chico virou alvo de ataques políticos

O Planalto passou a monitorar com atenção o uso político do nome de Frei Chico, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no contexto da operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes em descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, é vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), uma das entidades inicialmente citadas na investigação da PF. Porém, durante o curso das investigações, o sindicato foi excluído no dia 8 de maio da lista principal de organizações tidas como articuladoras do suposto esquema. A AGU retirou o Sindnapi do pedido central em ação cautelar de urgência e chegou a pedir o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de entidades envolvidas.

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Foto: Monalisa Lins/AE

Frei Chico em foto segurando o cartaz com o rosto do irmãoFoto: Monalisa Lins/AE

Reprodução: Sindnapi

Frei Chico, diretor do SindnapiReprodução: Sindnapi

Reprodução: Globo

Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução: Globo


Em resposta às tentativas de vincular politicamente Frei Chico ao caso, o Sindnapi distribuiu a parlamentares na quarta-feira da semana passada (14/5) uma nota, intitulada “Frei Chico e os ataques para atingir o governo Lula”. O documento exalta a trajetória histórica de Frei Chico no sindicalismo brasileiro, desde os tempos da ditadura militar, e afirma que sua atual posição foi conquistada por mérito e dedicação à causa dos aposentados. A entidade também lançou uma cartilha chamada “Fato ou fake: desmontando as mentiras sobre Frei Chico”, em que esclarece que não possui relação privilegiada com o governo federal.

Nos bastidores, de acordo com o portal Folha de S. Paulo, aliados do governo organizaram discretamente uma estratégia de contenção de danos. Um assessor do PT teria conversado com Frei Chico sobre a possibilidade de ele apresentar publicamente sua defesa em Brasília. Mas, a ideia teria sido descartada no momento, e o sindicato optou por divulgar esclarecimentos por meio de documentos enviados ao Senado Federal.

Frei Chico integra a direção do Sindnapi desde 2008 e se tornou vice-presidente há cerca de um ano. Antes disso, era diretor responsável por acompanhar processos de anistia de filiados perseguidos durante o regime militar. Ele foi convidado para a vice-presidência pelo atual presidente da entidade, Milton Cavalo, que assumiu o comando após a morte de João Inocentini.



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