Pleito foi convocado pelo vice-presidente Fernando Sarney para 25 de maio; o dirigente foi afastado na 5ª feira (15.mai) por suspeitas de falsificação em documento que o manteve no cargo
O presidente afastado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 6ª feira (16.mai.2025) para suspender as eleições convocadas pela entidade. Ele alega que o pleito ameaça a estabilidade institucional do futebol brasileiro. Leia a íntegra da petição enviada ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso na Corte (PDF – 524 kB).
Ednaldo foi afastado do cargo pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) na 5ª feira (15.mai). O desembargador Gabriel Zefiro considerou que o acordo que manteve o dirigente no comando da entidade em 2023 pode ter sido falsificado.
Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, assumiu como interventor e convocou novas eleições, que serão realizadas em 25 de maio. Além de um novo presidente, serão escolhidos 8 vice-presidentes, 3 integrantes efetivos e 3 integrantes suplentes do Conselho Fiscal.
No pedido enviado ao STF, porém, Ednaldo afirma que o julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que analisará a validade da eleição que o manteve no comando será decidida em 28 de maio –ou seja, 3 dias depois do pleito.
O dirigente alega que, caso o STF reconheça a veracidade do acordo, “os efeitos práticos da convocação eleitoral serão imediatamente esvaziados” e a diretoria eleita em 2022 retornará ao comando da confederação.
“Eleições conduzidas por autoridade cuja legitimidade é objeto direto da controvérsia constitucional e que podem ser revertidas por decisão do STF em menos de uma semana não reúnem os requisitos mínimos de estabilidade, segurança e efetividade que devem nortear os processos decisórios de uma entidade do porte da CBF”, diz um trecho do documento.