Líder republicano, de SP, se reuniu com Baleia Rossi (MDB-SP) em 6 de maio; tentam resolver disputas regionais para avançar união
O presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), disse ao Poder360 que voltará a se reunir com o presidente do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), deputado Baleia Rossi (SP), “em breve”. Eles discutem uma possível federação entre as siglas.
Os caciques já se encontraram em 6 de maio, no Congresso, para tratar do tema. Local, dia e horário da nova reunião ainda serão definidos. Marcos Pereira e Baleia Rossi tentam resolver disputas envolvendo líderes regionais das legendas para avançar nas negociações.
Na Bahia, por exemplo, os partidos integram lados opostos da política local. Os emedebistas compõem a base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto os republicanos integram a oposição do Executivo baiano.
A federação entre as legendas pode colocar o Republicanos e o MDB como uma das forças mais expressivas da política nacional.
Caso o acordo se concretize, ficariam em número de congressistas atrás só do PL e da federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o Progressistas.
A nova federação ficaria com o seguinte número de cargos:
- governadores – 5 (2 do MDB e, do Republicanos, 3);
- senadores – 15 (11 do MDB e, do Republicanos, 4);
- deputados federais – 87 (43 do MDB e, do Republicanos, 44);
- prefeitos – 1304 (864 do MDB e, do Republicanos, 440).
Além da questão da influência dos partidos, a união serviria para aumentar o recebimento de recursos públicos para campanha das legendas, aumentando as chances de seus políticos terem sucesso em disputas contra opositores.
PAPEL DAS FEDERAÇÕES
As federações foram criadas pela Lei nº 14.208 de 2021. Trata-se de um modelo de união de partidos mais flexível do que uma fusão ou uma incorporação. Ainda assim, traz regras mais rígidas do que as antigas coligações proporcionais, em que legendas sem nenhuma afinidade político-ideológica se uniam exclusivamente para eleições, sem nenhum compromisso posterior.
Com a federação, os partidos precisam permanecer juntos nos 4 anos seguintes. As legendas preservam sua identidade, seus filiados e sua autonomia financeira. Mas, além de terem de atuar conjuntamente nos legislativos, elas não podem disputar entre si cargos majoritários em eleições, como nas votações para presidente, governador ou prefeito.
Esse é um dos pontos que despertam resistências internas. Enquanto os líderes nacionais do Republicanos e MDB miram nos fundos Partidário e Eleitoral turbinados e na potência que a federação terá no Congresso, os líderes regionais das legendas reclamam porque, localmente, disputam vagas majoritárias entre si.