Levantamento da Austin Rating, com dados do Banco Central (BC), classificou 118 países em ranking internacional; moeda brasileira subiu 10,1% em comparação à moeda norte-americana

Em 2025, o real brasileiro destacou-se no cenário internacional como a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar, registrando uma alta acumulada de 10,1% até 13 de maio. Este dado foi revelado por um levantamento da agência Austin Rating, que analisou 118 moedas ao redor do mundo. O real ficou atrás apenas do rublo russo, do cedi de Gana e da coroa sueca. O estudo, fundamentado em dados do Banco Central, mostrou que 72 moedas se valorizaram no ano, enquanto 26, como o peso argentino e o bolívar venezuelano, sofreram desvalorização.
Especialistas atribuem a valorização do real a uma combinação de fatores internos e externos. No cenário internacional, a diminuição da inflação nos Estados Unidos e um recente acordo comercial entre China e EUA contribuíram para reduzir o risco de uma recessão global. No Brasil, a taxa básica de juros, que está elevada em 14,75% ao ano, tem atraído capital estrangeiro, resultando em um aumento na entrada de dólares no país. Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating, observa que, apesar desses fatores positivos, a fragilidade fiscal do Brasil impede uma valorização ainda mais significativa do real.
Para Agostini, é crucial que o Brasil alinhe sua política fiscal com a monetária, com foco no crescimento econômico de longo prazo. Joelson Sampaio, economista e professor da FGV, destaca que o diferencial entre os juros brasileiros e americanos é o principal motor da valorização do real. Este cenário beneficia importadores e alivia a pressão inflacionária, mas também apresenta desafios para os exportadores. Apesar da recente valorização, o real ainda não atingiu os níveis pré-pandemia e continua vulnerável a oscilações externas e incertezas fiscais.

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O futuro do real dependerá de diversos fatores, incluindo a inflação nos Estados Unidos, a política fiscal brasileira e possíveis acordos geopolíticos. A capacidade do Brasil de manter um equilíbrio entre suas políticas fiscal e monetária será determinante para sustentar a valorização do real e garantir um crescimento econômico estável e duradouro. A atenção a esses elementos será essencial para que o país possa navegar com sucesso pelas complexidades do mercado global.
*Com informações de Valéria Luizette
*Reportagem produzida com auxílio de IA