ANS decreta liquidação extrajudicial da Golden Cross; entenda

ANS decreta liquidação extrajudicial da Golden Cross; entenda


Decisão se deu depois de serem identificadas “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves” na operadora de saúde

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decretou liquidação extrajudicial da Golden Cross (Vision Med Assistência Médica). A decisão foi aprovada pela diretoria do órgão na 2ª feira (12.mai.2025) e publicada no DOU (Diário Oficial da União) nesta 3ª feira (13.mai). Leia a íntegra (PDF – 99 kB).

A liquidação foi determinada depois de serem identificadas “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento à saúde dos beneficiários” na operadora de saúde.

Os beneficiários terão 60 dias para realizar a portabilidade especial de carências para um plano de saúde de uma nova operadora. A empresa atende cerca de 53.000 usuários em planos coletivos empresariais.

Os clientes da Golden Cross que desejam migrar para outra operadora devem seguir os seguintes passos:

  • 1º: escolher um novo plano. A ANS disponibiliza o Guia ANS de Planos de Saúde, em que é possível pesquisar as opções disponíveis no mercado;
  • 2º: entrar em contato com a nova operadora; apresentar os documentos necessários. São exigidos: documento de identidade (RG ou CNH); CPF; comprovante de residência;
  • 3º: cópias de 3 boletos pagos da Golden Cross nos últimos 6 meses.

Na portabilidade especial de carências os beneficiários podem escolher qualquer plano em comercialização, independentemente do seu preço, em qualquer outra operadora.

Golden Cross

A Golden Cross foi uma das operadoras de planos de saúde mais tradicionais e influentes do Brasil. Foi fundada em 1971 pelo empresário Milton Soldani Afonso. Durante as décadas de 1970 e 1980, se destacou como líder no setor, tornando-se a maior operadora de saúde da América do Sul e a 4ª maior do mundo.

Nos anos 1990, a empresa enfrentou problemas administrativos e financeiros, agravados por disputas familiares, denúncias do Ministério Público e má gestão. Em 2013, vendeu sua carteira de planos individuais para a Unimed-Rio, mantendo só os contratos empresariais.





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