Congresso em Foco

Congresso em Foco


Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.Staff Images/CBF

A crise institucional que assola a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ganhou novos capítulos nesta segunda-feira (12), com o cancelamento de uma audiência crucial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que poderia trazer luz sobre a legitimidade da permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade. O ex-presidente Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, figura central na controvérsia, não compareceu à audiência marcada, alegando problemas de saúde.

O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, relator do caso na 21ª Câmara Cível, declarou a perda de objeto da sessão e encaminhou os autos para decisão. Em petição obtida pela reportagem, o advogado de Nunes, André Mattos, sem provas e nem documentos, informou que seu cliente foi levado no mesmo dia para uma avaliação médica no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A ausência, segundo a defesa, se deu por razões clínicas, corroboradas por familiares.

O processo em curso envolve suspeitas sobre a autenticidade da assinatura de Coronel Nunes em um acordo que, no início de 2025, foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e garantiu a continuidade de Ednaldo Rodrigues no comando da CBF. A legalidade do documento vem sendo questionada, e denúncias de assédio moral e outras irregularidades internas, reveladas pela revista Piauí, aumentaram a pressão por explicações.

Na tentativa de desviar o foco e recuperar prestígio, Ednaldo Rodrigues anunciou, também nesta segunda-feira, a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira. O movimento é visto por analistas como uma estratégia para conter a crise e demonstrar força à frente da entidade, em meio a um cerco jurídico e midiático cada vez mais intenso.

Com a audiência cancelada e o caso concluso para julgamento, a expectativa agora gira em torno do posicionamento do TJ-RJ sobre a validade do acordo e o futuro da presidência da CBF. A entidade, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre os desdobramentos judiciais.

Leia o despacho do desembargador.



Source link