Governo Lula arma ofensiva para rebater efeito do vídeo de Nikolas Ferreira sobre fraude no INSS

Governo Lula arma ofensiva para rebater efeito do vídeo de Nikolas Ferreira sobre fraude no INSS


Na terça-feira (6) deputado federal postou um vídeo sobre as mudanças no Pix, e acumula mais de 134 milhões de visualizações até esta sexta-feira (9)

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOPRESIDENTE LULA RECEBE GABRIEL BORIC
Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados usaram as redes sociais para responder ao vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira

Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados usaram as redes sociais para responder ao vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o escândalo dos desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, rebateram as acusações do deputado sem citá-lo nominalmente, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usa o próprio vídeo de Nikolas como fundo para contestar as afirmações do parlamentar. Na terça-feira (6) Nikolas Ferreira postou um vídeo sobre as mudanças no Pix, e acumula mais de 134 milhões de visualizações até esta sexta-feira (9). Na gravação de pouco mais de seis minutos, Nikolas afirma que o esquema fraudulento é o “maior escândalo da história do Brasil”, faz acusações sobre o governo Lula não ter tomado medidas para apurar os desvios bilionários, e defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – cujo governo também foi atravessado por fraudes no INSS.

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Segundo a investigação, os descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS começaram em 2016. O problema entrou no radar em 2018, mas disparou a partir de 2023, primeiro ano do governo Lula. “O momento exige medidas sérias e mudanças profundas, como o governo está fazendo. Exige a busca da verdade, não as mentiras oportunistas de quem não investigou nada e nunca se preocupou em proteger os aposentados”, disse Gleisi Hoffmann em resposta ao deputado em seu perfil no X (antigo Twitter). A ministra argumenta que as fraudes começaram no governo de Bolsonaro, e que o ex-presidente foi quem sancionou a medida provisória que acabou com a necessidade de revalidação da autorização dos descontos, em 2022. Já o ministro da AGU, Jorge Messias, se referiu ao bolsonarista como “deputado lacrador”, e cobrou que ele e Bolsonaro expliquem as providências adotadas no governo anterior em relação às denúncias de fraude. “Vi que um deputado fez um vídeo ontem com o objetivo de lacrar e causar terror e pânico na população. É importante que ele questione ao presidente que ele apoiou”, afirmou Messias.

“Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar mentira ou truques de contexto para enganar o povo”, disse Carvalho. O vídeo, publicado pelo ministro nesta quinta-feira, 8, tem 14,2 mil visualizações – quase 10 mil vezes menos alcance do que o vídeo de Nikolas. O líder do PT na Câmara já começa citando o deputado, afirmando em sua gravação que “Nikolas mente”, e intercala falas do vídeo original com sua própria versão dos fatos. O deputado petista retoma escândalos do governo Bolsonaro, e questiona o motivo de o ex-presidente não ter encaminhado uma investigação sobre as fraudes durante sua gestão. “Bolsonaro perdeu, mas os tentáculos do bolsonarismo continuaram infiltrados no Estado, fazendo estrago, destruindo as instituições e roubando os aposentados”, diz Lindbergh, reiterando a fala de governistas e aliados ao presidente, de que foi por iniciativa da CGU no governo de Lula que a investigação começou. O petista alcançou 147,6 mil visualizações até agora: dez vezes mais que o vídeo de Carvalho, mas ainda muito distante dos 134 milhões de Nikolas.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula





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