Não há mudança de rota nos objetivos da política fiscal

Não há mudança de rota nos objetivos da política fiscal


Ministro da Fazenda se reuniu nesta 5ª feira (8.mai) com representantes da agência de classificação de risco Moody’s; tratou do assunto e da política de data centers para atrair investimentos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se nesta 5ª feira (8.mai.2025) com representantes da agência de classificação de risco Moody’s. O chefe da equipe econômica sinalizou na conversa que não haverá mudanças em relação ao que o governo busca na parte fiscal.

Dei o plano de voo do que está acontecendo e sugeri a eles que não tem no horizonte nenhuma mudança de rota em relação aos objetivos da política fiscal”, disse em entrevista a jornalistas.

Haddad afirmou ter apresentado aos integrantes da Moody’s um cenário da política fiscal, com perspectivas de cumprimento da meta. O ministro disse que as perguntas dos representantes da agência de risco são uma preparação para o relatório.

O titular da Fazenda afirmou ter tratado sobre estes temas:

  • reformas micro e macroeconômicas, incluindo a reforma tributária;
  • transição ecológica;
  • Marco de Crédito;
  • política de data centers;
  • arcabouço fiscal.

Segundo Haddad, não houve questionamentos em relação à reforma do Imposto de Renda, que busca ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 mensais. Também não trataram das fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O ministro falou que os representantes da Moody’s perguntaram sobre a viagem feita à Califórnia, nos EUA, para participar de reuniões com investidores e representantes das big techs GoogleAmazon e Nvidia. Ele defendeu aos agentes que a política voltada para data centers é uma questão de “segurança nacional”.

O titular da Fazenda disse ser uma “antecipação da reforma tributária para um setor específico” e que está em construção com o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

“Nós precisamos atrair os processadores para cá. 60% do processamento de dados hoje no Brasil acontece fora do país. Muitas vezes eu vejo comentários de pessoas que talvez não estejam atentas a isso”, declarou.

Haddad também disse ser importante trazer esses serviços para o Brasil porque, segundo ele, há remessa de divisas para fora do país. “Então, por segurança dos dados e pela questão da balança de serviços do país, que é necessária, que tem deficits importantes”, afirmou.

CLASSIFICAÇÃO

Em 1º de outubro de 2024, a Moody’s aumentou a nota de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva em “positiva”.

O Brasil ainda está no grau especulativo, o que significa dizer que há um maior risco de inadimplência. Busca retomar o grau de investimento, que perdeu em 2015, sob a presidência de Dilma Rousseff (PT).

Na prática, significa dizer que o país perdeu o selo de bom pagador concedido por agências de risco.





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