Congresso em Foco

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O Congresso Nacional decidiu adiar a análise dos vetos que restringem o bloqueio de emendas parlamentares, marcados para votação nesta terça-feira (17). A decisão foi firmada em acordo entre os líderes partidários, que optaram por não deliberar sobre os vetos 47/2024 e 48/2024 nesta sessão conjunta.

O veto 47 trata de trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que proibiam o contingenciamento de emendas impositivas, ou seja, aquelas que o governo é obrigado a executar. Já o veto 48 se refere a regras para o bloqueio de emendas discricionárias, com limitações que dificultariam a suspensão desses repasses. Ambos os dispositivos foram vetados pelo Planalto sob o argumento de que ferem o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), ao tratar emendas como exceções às regras fiscais.

Acordo entre líderes prevê deliberação futura sobre vetos 47/2024 e 48/2024.

Acordo entre líderes prevê deliberação futura sobre vetos 47/2024 e 48/2024.Lula Marques/Agência Brasil

Embora a expectativa fosse de um embate sobre o controle do Orçamento, a sessão desta terça foi marcada por um consenso para excluir os dois vetos da pauta. No caso do veto 47, o acordo foi pela derrubada de parte de seus itens, mas nenhum deles inserido na questão das emendas, ficando estes postergados.

Resolução mantida

Além dos vetos, a pauta do Congresso mantém o projeto de resolução 3/2025, que altera regras para apresentação e execução de emendas. A proposta busca atender exigências do STF ao impor mais transparência, exigindo, por exemplo, que mudanças em emendas coletivas sejam feitas pelo autor original da proposta e identificadas publicamente.

A sessão conjunta marca a retomada das votações de vetos presidenciais após mais de um ano de paralisação. Esta é a primeira deliberação voltada aos vetos presidenciais em mais de um ano.



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