Deputada admite erro de comunicação, rejeita críticas e reforça importância de ouvir jovens líderes das comunidades
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) publicou um vídeo neste domingo (15/6) em resposta à repercussão de um tweet em que respondia e aconselhava o artista Oruam, que participou de um protesto no Morro de Santo Amaro, uma comunidade localizada entre os bairros da Glória e do Catete, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após o assassinato de um jovem de 23 anos em uma festa junina.
Como mencionado anteriormente em uma matéria do Portal LeoDias, o rapper pediu sugestões de como agir para ser uma figura de referência na luta da comunidade periférica.
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No vídeo, a parlamentar se explica sobre a mensagem original e defende a importância do diálogo, mesmo diante de contradições:
“Sugeri que Oruam fosse conhecer quem já faz um trabalho territorial em defesa das vidas negras e das periferias. Foi uma tentativa de diálogo, uma tentativa na qual reconheço que não usei as melhores palavras. Nem conhecia o histórico completo dele naquele momento”, revela.
Erika destacou também que foi alvo de críticas que a acusaram de “passar pano” para criminosos. Para ela, tais acusações representam uma tentativa de criminalizar comunidades:
“Me acusaram até de ‘passar pano’ pro crime. Vamos deixar claro: não compactuo com homofobia, com misoginia, nem com qualquer forma de violência”, acrescentou a parlamentar.
No vídeo, assim como disse em uma declaração exclusiva ao Portal LeoDias, Hilton argumenta que, ao evitar o diálogo com influenciadores jovens e periféricos, a esquerda se fecha em uma bolha, abrindo espaço para a extrema-direita agir com ódio.
Apesar da postagem de Erika ter resultado em uma ação do Movimento Brasil Livre (MBL) contra o PSOL, a repercussão trouxe também mensagens de apoio nas redes sociais, reconhecendo o esforço da deputada em admitir o erro de comunicação e reforçar o compromisso com as lutas sociais.