Luca de Meo deve se tornar chefe-executivo do grupo Kering, conglomerado de luxo que administra marcas como Gucci e Balenciaga
O CEO da Renault, Luca de Meo, renunciou ao cargo para procurar uma posição fora da indústria automotiva. Segundo o jornal francês Le Figaro, ele pode se tornar o chefe-executivo da Kering, conglomerado francês que controla a Gucci.
“Luca de Meo expressou seu desejo de renunciar para perseguir outros desafios fora do setor automotivo”, afirmou um comunicado da Renault, que confirmou que De Meo deixará a empresa em julho.
Se confirmada a ida para a Kering, o italiano vai substituir François-Henri Pinault no cargo de CEO do grupo, que enfrenta dívidas altas. A família Pinault controla o conglomerado há mais de 20 anos, conforme o Le Figaro, e Pinault seguiria como diretor da empresa.
Além da Gucci, a Kering detém marcas como Balenciaga e Yves Saint-Laurent.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o grupo perdeu mais de 60% de seu valor nos últimos 2 anos, marcados por uma queda nos lucros e por uma mudança brusca de designers na Gucci. Apesar disso, a marca italiana segue como o principal ativo do conglomerado.
De Meo atuou como CEO da montadora francesa por 5 anos, segundo a Reuters. Ele chegou à Renault em 2020, vindo da Volkswagen. Naquele ano, a montadora francesa registrou perdas recorde por conta do impacto negativo da pandemia da covid-19 nas vendas.
Durante seu período no comando da empresa, foi responsável pela reformulação de uma parceria de mais de 20 anos com a Nissan, além de apostar em motores híbridos, enquanto fazia a transição para veículos elétricos.